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Engenheiro agrônomo e diretor geral da UFV falam sobre a ocorrência de geada na região

A queda brusca na temperatura nesta terça-feira (20) em todo o Brasil trouxe consequências desastrosas para o produtor rural. Diversas lavouras de café foram danificadas com a formação de geada em uma das madrugadas mais frias do ano. Em entrevista ao site Notícias Agrícolas, Donizeti Alves, professor e pesquisar da Universidade Federal de Lavras (UFLA), destaca que para se saber o tamanho do estrago é preciso esperar mais alguns dias e ressalta que a área atingida pelo evento climático dessa vez é mais extensa.

A preocupação do especialista é justamente com a safra do ano que vem. “No Sul de Minas e no Cerrado a geada pegou pesado e fez muitos estragos. Só que ao contrário da última vez, desta vez estou bastante preocupado. A experiência mostra que, desta vez, já podemos adiantar um prognóstico sem medo de errar que a situação desta vez é muito séria. Foi geada em cima de geada”, acrescenta.

Foto: Reprodução

Em Rio Paranaíba, diversos produtores tiveram enormes prejuízos com o fenômeno natural. Um produtor que possui fazendas na região de Catulés, Coqueiros e Goiabeira, na zona rural do município ainda contabiliza os prejuízos que, segundo ele, pode ser a mais de 1.000 hectares que foram prejudicados com a geadas.

Nossa redação conversou com um desses produtores do município e, segundo ele, o prejuízo chega a milhões de reais, uma vez que, a saca do café nesta terça-feira estava sendo comercializada a R$ 950,00. Ele conta que só na área que passou a perda foi de pelo menos 10 mil sacas para o próximo ano.

Procuramos um engenheiro agrônomo para saber qual o possível processo de recuperação das lavouras. Antônio Souza, formado pelo campus da UFV em Rio Paranaíba, ressalta que dependendo do nível de dano da geada, a recuperação pode ser simples como é o caso da chamada geada de capote que é aquela que fica por cima e não danifica o tecido da planta. Nesse caso, de acordo com ele, o produtor precisa apenas fazer o tratamento de fitossanitário e aplicar um cobre para cicatrizar e não deixar entrar fungo na plantação. Já no outro caso, se a geada tiver afetado os tecidos da planta não tem mais o que fazer.

Antônio também ressalta que é necessário o produtor aguardar alguns dias para fazer a avaliação de qual nível que atingiu a planta. O especialista em cafeicultura acredita que a região foi atingida pela geada de capote, uma vez que a o evento climático aconteceu por boa parte do país.

Confira a entrevista com Antônio e o professor Renato Ruas.

https://youtu.be/pUJFfEJEA0g


21/07/2021 – Paranaíba e Máximus FM

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