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Imagem: Reprodução/Pixabay
Decisão poderá ser revista em 2025, de acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira
Em uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (16), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que o governo federal não instituirá o horário de verão em 2024. A decisão foi tomada após uma reunião com representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e reflete a análise da situação hídrica e energética do Brasil.
“Chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este período”, afirmou Silveira, ressaltando que a segurança energética está assegurada, mesmo em um cenário de recuperação hídrica ainda modesta. Ele destacou que, após o verão, será possível reavaliar a viabilidade da medida para o período de 2025/2026.
O ministro defendeu a importância do horário de verão como uma política que deve ser considerada de forma objetiva, levando em conta tanto seus impactos no setor elétrico quanto na economia em geral. Ele fez uma comparação com outros países que adotam essa prática, citando a França, onde o horário de verão é aplicado mais por razões econômicas do que energéticas.
Silveira explicou que, se a decisão fosse de implementar o horário de verão neste momento, o custo-benefício seria baixo. O pico de eficiência da medida, segundo ele, ocorre entre outubro e dezembro. “Teríamos que fazer um planejamento mínimo para que os setores se adaptassem, e isso só seria viável em meados de novembro”, completou.
O horário de verão foi introduzido no Brasil em 1931 e passou a ser adotado de forma sistemática em 1985, com a justificativa de reduzir o consumo de energia elétrica e beneficiar setores como turismo e comércio. No entanto, desde 2019, durante o governo Bolsonaro, a iniciativa foi suspensa, em parte devido às mudanças nos hábitos de consumo da população.
Neste ano, o governo considerou a possibilidade de reverter essa decisão em um contexto de crise hídrica, identificada como a pior seca já registrada no país. Silveira lembrou que, embora os reservatórios apresentem uma resiliência maior devido a medidas de planejamento, a situação ainda exige cautela.