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Morte de Kamily Pricila Fernandes de Oliveira completa 40 dias nesta semana. Jovem faleceu no dia 12 de janeiro, dois dias após sofrer acidente enquanto era transferida de um hospital em Sacramento. Inquérito concluiu que ela teve traumatismo craniano. Miqueias ao lado da namorada Kamily, que faleceu enquanto era transferida de Sacramento para Uberaba
Arquivo pessoal
A morte de Kamily Pricila Fernandes de Oliveira completa 40 dias nesta semana. A jovem de 20 anos, que estava grávida do primeiro filho, faleceu após ser atingida na cabeça pelo monitor cardíaco da ambulância que a transportava de Sacramento para Uberaba. A Polícia Civil confirmou que ela morreu por traumatismo craniano provocado pelo acidente.
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Em entrevista ao g1 nesta segunda-feira (20), o companheiro de Kamily, Miqueias Alves Santos, falou sobre a saudade da namorada, com quem morava junto havia um ano e dois meses. Segundo ele, os dois já haviam até preparado o quarto do bebê.
“Ela estava muito ansiosa, tudo que ela queria era ter um filho. Hoje o filho está aqui, e ela não está”, disse.
Desde o acidente, o rapaz se mudou para um sítio na cidade de Jarinu (SP), onde mora com os pais e o filho Anthony, que sobreviveu ao acidente e deixou o hospital após 15 dias internado.
Miqueias, que trabalha em uma empresa de produção de alho, disse que acertou uma licença-paternidade de quatro meses para cuidar de Anthony.
“Agora, é dar todo amor e carinho de pai e mãe que ele não tem, e [fazer] tudo que tiver ao meu alcance para dar um futuro bom pra ele, que é um menino muito guerreiro”, completou.
“Não está fácil, ainda mais quando você sabe que ela morreu por negligência. Espero que eles paguem pelo erro deles para que não aconteça com outras pessoas”, declarou.
Inquérito confirmou traumatismo craniano
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito que investigava a morte de Kamily. Em nota enviada ao g1 no dia 14 de fevereiro, a assessoria de imprensa da PCMG informou que as investigações apontaram que a causa da morte da jovem foi traumatismo craniano.
No dia 18 de janeiro, o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), onde Kamily morreu, já havia indicado que a jovem chegou à unidade com traumatismo e pré-eclampsia.
A reportagem apurou ainda que, a princípio, ninguém foi indiciado pelo crime. Sobre esse ponto, a Polícia Civil afirmou que “o inquérito, que tramitou na comarca de Sacramento, foi remetido à comarca de Uberaba para apuração e, se for o caso, eventual responsabilização”.
Ainda segundo a polícia, essa transferência “é um procedimento comum quando uma ocorrência envolve duas comarcas, como foi o caso”.
Em nota enviada ao g1, a advogada que representa a família de Kamily agradeceu a sociedade pelo apoio. A defesa disse também que “todas as medidas necessárias estão sendo tomadas” e que “acompanha cada passo das investigações”.
O médico auditor da Prefeitura de Sacramento, Marcelo Sivieri, também foi procurado nesta segunda-feira (20). A reportagem aguarda retorno.
Relembre o caso
Kamily Pricila, de 20 anos, morreu após ser atingida por um monitor cardíaco em ambulância
Arquivo da família
Kamily Pricila estava grávida de sete meses e meio e passou mal na manhã do dia 10 de janeiro. Segundo o pai dela, Marcelo Antônio de Oliveira, a gestante havia perdido o avô na noite anterior e ficou muito abalada;
Após passar por um posto de saúde, a jovem foi levada para a Santa Casa de Misericórdia de Sacramento acompanhada pela irmã Evelyn Fernandes, de 16 anos. Segundo a Prefeitura, Kamily estava com “hipertensão e crises convulsivas”;
Com a piora no quadro, Kamily foi diagnosticada com eclâmpsia e precisou ser transferida para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), em Uberaba;
Ao g1, a irmã de Kamily disse que não foi autorizada a ser acompanhante dela na ambulância por ser menor de idade. O veículo seguiu viagem apenas com a paciente e a equipe médica. No trajeto, o monitor caiu na cabeça da jovem;
No mesmo dia, ela passou por uma cirurgia de cesariana para a retirada do bebê, que está sob os cuidados do pai.
O pai de Kamily declarou também que aguardou várias horas no HC-UFTM até ser informado por uma médica que o prontuário apontava que a jovem havia sido atingida por um objeto na cabeça;
Kamily teve a morte cerebral confirmada no dia 12 de janeiro. No mesmo dia, a família autorizou a doação de órgãos dela;
Após o ocorrido, a Prefeitura informou que abriu uma sindicância para apurar o ocorrido. Dias depois, em nota, o Município lamentou o fato, mas disse que atribuir a morte da jovem apenas à queda do equipamento era um “equívoco”.
A Polícia Civil também abriu um inquérito para investigar o caso e concluiu que a causa da morte, de fato, foi um traumatismo craniano.
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Fonte: G1