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Na noite desta segunda-feira (12/08), um incidente envolvendo a retirada de três cães da UFV-Campus Rio Paranaíba gerou comoção e questionamentos na comunidade. Testemunhas que estavam próximas ao local afirmam ter presenciado a ação, que contou com a participação do Corpo de Bombeiros de Patos de Minas.
Segundo relatos, os bombeiros chegaram ao Campus por volta das 18h, capturaram os animais e os levaram, sem qualquer aviso prévio desta ação à Associação dos Defensores e Amigos do Meio Ambiente (ADAMA), ONG que atua na defesa da causa animal na cidade.
A ação rápida e discreta levantou várias perguntas nas redes sociais e entre os moradores: para onde foram levados os cães que faziam parte do cotidiano da UFV-CRP? Em nota oficial divulgada na manhã desta terça-feira (13/08), a instituição disse:
“Informamos que devido aos frequentes ataques que os cães soltos pelo Campus da UFV-CRP têm promovido a pessoas e veículos, causando danos materiais e psicológicos, estamos há muito tempo buscando uma solução para esse problema complexo. Informamos também que, com o apoio do Corpo de Bombeiros, três animais foram adequadamente recolhidos e doados para uma fazenda em Serra do Salitre, onde serão bem cuidados. Esperamos que os ataques cessem e que todos possam circular pelo Campus em segurança. Continuamos empenhados em resolver esse problema. Diretoria Geral UFV-CRP.”
Apesar da justificativa apresentada, grande parte da comunidade e os estudantes expressaram sua indignação, especialmente em relação a uma cadela, chamada carinhosamente de Dilma, que vive no campus à cerca de 5 anos e não há registros de ataques, sendo descrita como mansa e dócil pelos estudante e voluntários que atuam no campus. O fato de a ONG ADAMA, ter parceria em um projeto registrado na UFV-CRP para a causa animal, não ter sido informada sobre a operação, intensificou a sensação de descaso.
Voluntários e cuidadores da ADAMA, que desempenham um papel crucial no resgate, castração e cuidados dos animais na cidade (incluindo os cães que habitam a UFV, sendo todos castrados pela ADAMA em parceria com a prefeitura) se mostraram frustrados com a falta de comunicação.
O episódio evidencia a necessidade de um diálogo mais transparente e colaborativo entre as autoridades e as organizações que atuam na proteção dos animais, para que decisões que impactam diretamente a vida dos seres vivos e da comunidade sejam tomadas de forma mais inclusiva e consciente.