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Ministro da Agricultura fala sobre impactos do conflito entre Rússia e Ucrânia e importância do Triângulo e Alto Paranaíba


Em entrevista ao MG1 da TV Integração nesta sexta-feira (1º), Marcos Montes, novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), falou sobre os desafios à frente do cargo, o impacto da guerra entre Rússia e Ucrânia no agronegócio brasileiro, os projetos em relação ao agronegócio no Triângulo e Alto Paranaíba e sobre a ExpoZebu 2022.

Montes, que é ex-prefeito de Uberaba, tomou posse na terça-feira (31). Ele exercia o cargo de secretário-executivo do Mapa desde 2019. Ele substitui Tereza Cristina, que deixou a pasta para tentar uma vaga ao Senado pelo Mato Grosso do Sul, nas próximas eleições. Relembre a carreira do político mineiro ao fim do texto.

Veja alguns dos questionamentos respondidos pelo novo ministro de Agricultura ao MG1:

  1. A expectativa é de uma gestão continuada. Esse é o caminho que pretende adotar?
  2. Quais são os desafios à frente do Ministério?
  3. Conversa com Bolsonaro após posse
  4. Há algum projeto específico pra região do Triângulo Mineiro, região tão importante no agronegócio?
  5. Muito se fala sobre esse prolongamento do conflito entre Rússia e Ucrânia. Isso pode prejudicar o agronegócio brasileiro. O ministro já tem alguma alternativa pra que isso aconteça pra evitar que isso aconteça?
  6. Como avalia a situação do agronegócio atualmente no Brasil?
  7. Presença na ExpoZebu 2022
Ex-prefeito de Uberaba, Marcos Montes fala dos desafios frente ao Ministério da Agricultura

Ex-prefeito de Uberaba, Marcos Montes fala dos desafios frente ao Ministério da Agricultura

1. A expectativa é de uma gestão continuada. Esse é o caminho que pretende adotar?

Claro, eu acho que o time que alcançou os objetivos propostos com tanto louvor será preservado. A nossa ‘capitã’ ausente, nossa ministra Tereza Cristina, com força da legislação eleitoral. Mas pode ter certeza que o caminho é o caminho que foi traçado lá no início de 2019, quando nós participamos primeiro da transição e depois da implementação da nossa equipe de trabalho, que hoje traz resultados surpreendentes positivamente.

2. Quais são os desafios à frente do Ministério?

Os desafios vão aparecendo quase que diariamente. Os principais que nós estamos debruçados hoje, entre outros, é, sem dúvida alguma, o Plano de Safra 2022/2023 que nós iremos apresentar no final de maio; terminar e liquidar o Plano de Safra 2021/2022, que ainda tem algumas pendências; e construir o Plano Safra 2022/2023, que será muito importante.

Estamos dentro de um mundo diferente, com juros mais altos, e dificuldades por conta do ajuste fiscal do ponto de vista financeiro. Então, vai ser uma discussão árdua com o Ministério da Economia. Mas temos certeza que teremos o apoio do Ministério da Economia para apresentar, mais uma vez, um Plano de Safra robusto, com um viés – que esse ano já apresentou – focando mais o pequeno produtor.

Tereza Cristina e Marcos Montes — Foto: Guilherme Martimon/Mapa

Tereza Cristina e Marcos Montes — Foto: Guilherme Martimon/Mapa

3. Já conversou com o presidente Jair Bolsonaro desde a posse?

Já conversamos na posse, conversamos bastante. Hoje ainda não, mas agora é seguir o caminho e depois apresentar os resultados ao Brasil e, evidentemente, a ele que comanda o Brasil. Eu sempre digo que essa grande alavancagem do agronegócio se deve, claro, aos nossos produtores, aos nossos empresários rurais, a nossa tecnologia, a nossa Embrapa, as nossas universidades. Mas se deveu também ao prestígio que o presidente Bolsonaro deu ao nosso ministério.

4. Há algum projeto específico pra região do Triângulo Mineiro, região tão importante no agronegócio?

Claro, sempre haverá, porque essa região é forte no agro brasileiro. Eu tenho convicção que todos esses trabalhos que nós estamos fazendo. É algo muito interessante que nós estamos vivendo é fruto da questão das nossas dependências de fertilizantes.

A região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, quem sabe, será parte da solução da questão dos fertilizantes. É porque existe várias áreas que nós estamos trabalhando, que é de conhecimento de todos, que Minas tem – como em São Gotardo – fertilizantes a serem explorados. Já estamos recebendo visitas de empresários, estudiosos, cientistas. A Embrapa já está em campo na região para buscar essa potencialidade das nossas terras em relação a fertilizante.

A nossa região mais uma vez também pode ser uma das soluções para um problema grave que o Brasil tem, que despertou agora, que é a dependência de fertilizantes no mercado internacional. Nós estamos buscando a autossuficiência do fertilizante, que é muito difícil. Mas, a médio prazo, queremos diminuir essa dependência quem sabe em 50% a 60%. Então, a nossa região sempre terá atenção porque ela dá retorno ao Brasil e dá retorno ao agro brasileiro.

5. Muito se fala sobre esse prolongamento do conflito entre Rússia e Ucrânia. Isso pode prejudicar o agronegócio brasileiro. O ministro já tem alguma alternativa pra que isso aconteça pra evitar que isso aconteça?

Isso não vai prejudicar o agro brasileiro. Vai prejudicar o mundo e já está prejudicando. É uma preocupação enorme para gente poder ter, sem dúvida alguma, a questão da alimentação mundial. Claro todos nós do Brasil estão sofrendo, mas quem mais está sofrendo com esse conflito são os países subdesenvolvidos. Nós precisamos dar a eles os alimentos que eles merecem. Essa segurança alimentar que nós temos que buscar passa por alguma situação que esse conflito gera.

Claro que o melhor é parar o conflito, acabar a guerra e a gente voltar a trabalhar. Mas se persistir, temos que nos preocupar com as nações em desenvolvimento em relação à segurança alimentar. E o Brasil mais uma vez será parte importante dessa definição.

Há um projeto, uma ideia que está sendo construída e foi construída pela Tereza Cristina numa reunião há cerca de 20 dias com a FAO e com todos os ministros do Cone Sul sobre a questão de tirar o fertilizante dos produtos que são embargados.

Então, esse é um trabalho que está sendo feito. Nasceu no Brasil, da cabeça da ministra e quem sabe poderá ser nossa solução para que a gente suportar esse problema se a guerra prolongar em relação à segurança alimentar do mundo todo, mas principalmente em relação aos países subdesenvolvidos.

6. Como avalia a situação do agronegócio atualmente no Brasil?

É da forma extremamente positiva. O agro tem dado respostas através dos nossos empresários da tecnologia que nós aplicamos e que estamos colhendo os frutos agora; do próprio Ministério da Agricultura, que tem feito um trabalho focado nessa situação, com o apoio do presidente Jair Bolsonaro.

O Brasil é uma potência mundial. E aqui no ministério nós estamos falando que o Brasil hoje é uma potência não só agro, é uma potência agroambiental, que também avançando muito nessa parte.

Claro os problemas existem. Mas nós temos aqui uma equipe empresários fortes, produtores determinados. E com tudo isso junto, nós iremos vencer as dificuldades que por ventura surgirão.

7. Presença do ministro e de Bolsonaro na ExpoZebu 2022

Claro, a minha presença sem dúvida alguma confirmada. Mas acredito também que a presença do presidente está confirmada. Ele faz questão ir a Uberaba, em evento importantíssimo. A gente mostra a nossa potencialidade da proteína animal através da bovinocultura pro mundo inteiro.

E o presidente com certeza vai prestigiar. Pelo menos está marcado, está agendado. Pra gente fazer em Uberaba uma manifestação importante do trabalho que tem sido feito aqui e o reconhecimento do trabalho que a ABCZ vem fazendo.

Marcos Montes Cordeiro tem 72 anos e é natural de Sacramento. É formado em medicina pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), tem pós-graduação em medicina do trabalho e especialização em anestesiologia, ambas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

De 1993 a 1996 exerceu o cargo de secretário municipal de Turismo e Esportes. Em 1997, foi eleito como prefeito de Uberaba e reeleito em 2001, exercendo a função até agosto de 2004. Nesse período, presidiu a Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Rio Grande e foi vice-presidente da Associação Mineira de Municípios.

No Governo de Minas Gerais, foi secretário estadual de Desenvolvimento Social e Esportes, entre agosto de 2004 a março de 2006.

Marcos Montes também atuou como deputado federal por três mandatos seguidos, de 2007 a 2018. Foi presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e presidiu a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Também foi vice-presidente de outras comissões importantes, como a de Orçamento, e a de Meio Ambiente e a de Minas e Energia.

Marcos Montes, ex-prefeito Uberaba, tomou posse como ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento — Foto: Guilherme Martimon/Mapa

Marcos Montes, ex-prefeito Uberaba, tomou posse como ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento — Foto: Guilherme Martimon/Mapa

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Fonte: G1


01/04/2022 – Paranaíba e Máximus FM

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