Bom, é assim que a maioria das histórias de motor dando PT (perda total) começam. A economia de alguns centavos que leva a um prejuízo de alguns milhares de reais.

Quer saber como evitar essas situações e identificar uma gasolina de alta qualidade? Confira agora com quem entende de combustível.

Desconfie de preços muito baixos

Sabemos que é difícil manter um carro no Brasil, é quase um filho que devora meio quilo de pão a cada uma hora de passeio na rua. Então é compreensível buscar sempre preços baixos, o problema é que preços baixos muitas vezes só são possíveis devido ao acréscimo de água e outros produtos à gasolina, que prejudicam o desempenho do seu veículo e podem até levar à falência do motor.

Bombas de combustível devem estar sempre lacradas e com as informações exigidas pela ANP (como CNPJ, endereço do posto e selo do Inmetro). Se você não conseguir observar esses requerimentos básicos, desconfie e procure outro posto.

No caso das bombas de abastecimento de etanol, a nossa dica é ficar de olho no termo densímetro lateral, que é responsável por indicar a qualidade de etanol hidratado. O etanol ali tem que estar sempre transparente, sem impurezas ou colorações estranhas. O certo é a linha vermelha esteja sempre abaixo ou no nível do combustível.

Se você entrou no posto para abastecer e logo sentiu um cheiro estranho saindo dos outros carros abastecidos, como um odor de solvente ou querosene, engate a ré e vá logo embora. É bem possível que a gasolina desse posto esteja “batizada”. E caso já seja tarde demais e você só notou esse cheiro depois de ter abastecido, procure logo um mecânico e um advogado.

Pouca gente sabe, mas o Código de Defesa do Consumidor dá total autoridade ao consumidor, permitindo você peça ao frentista que faça um teste de qualidade na hora, bem na sua frente. Assim como os postos Rio Branco, todos os postos têm (ou deveriam ter) um kit para teste de proveta.

O teste indica a quantidade de etanol anidro na gasolina, que pelas regras da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deve ser de 27% em gasolina comum e aditivada e de 25% em gasolinas Premium.

O teste é feito a partir da adição de 50 ml de gasolina em uma solução com 50 ml de água e sal de cozinha, numa proveta de 100 ml. Quando misturados e após 15 minutos em repouso, os líquidos ficam separados, sendo o volume visível da gasolina representando 37 ml e a mistura de água, sal e etanol os outros 63 ml. Qualquer diferença nisso é considerada adulteração.

No mais, se você está percebendo que após abastecer em um posto o seu veículo está perdendo potência, demorando a dar partida ou até mesmo aumentando o consumo, certamente você foi vítima de gasolina adulterada. Procure seus direitos!