A situação é monitorada pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) desde segunda-feira (18) na Estação de Tratamento de Água (ETA) Sucupira, onde o nível de turbidez saltou de 6 para 420. Apesar disso, a autarquia informou que não foram encontrados contaminantes químicos e que não há risco de desabastecimento.

O fornecimento seguia sem intercorrências em Uberlândia neste sábado. Ainda segundo o Dmae, o nível de turbidez da água na ETA Sucupira está caindo gradativamente.

De acordo com a Supram-TM, os representantes do empreendimento onde o reservatório está localizado não apresentaram informações sobre as causas do rompimento durante a fiscalização realizada junto com a Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMA). A propriedade particular está localizada a 45 km de Uberlândia.

Conforme a superintendência, um auto de fiscalização vai solicitar que o empreendedor realize análises da água do reservatório e do rio. Já o auto de infração ainda está em fase de elaboraçã, e os valores das sanções aplicadas não foram definidos.

O rompimento do reservatório atingiu quase 51 hectares – área equivalente a mais de 47 campos de futebol – sendo 17 hectares de lavoura de milho e 33 de Área de Preservação Permanente (APP), além de atingir o Rio Uberabinha.

Conforme nota enviada pela autarquia ao g1 nesta sexta,“o sistema de produção e tratamento de água de Uberlândia está funcionando plenamente e, portanto, não há risco de desabastecimento na cidade”.

Na nota, o Dmae ainda diz que “não foram encontrados contaminantes químicos e que técnicos da autarquia, em caráter de precaução, monitoram o leito do rio Uberabinha“.

Situação do reservatório

O monitoramento ocorre desde segunda-feira (18) e o deslocamento de lama chegou chegou até a Estação de Tratamento de Água (ETA) Sucupira na quarta-feira (20). A estrutura do reservatório que rompeu, também conhecida por “piscinão”, tem 12 metros de profundidade e capacidade para armazenar 1 milhão de m³ de água usada na irrigação de lavoura.

Em menos de 24 horas, a turbidez da água na estação passou do nível 6 para o nível 420 na quinta-feira (21).

A diminuição da transparência da água fez com que a vazão de água tratada diminuísse pela metade, passando de 1.000 litros para 500 litros por segundo. De acordo com Celismar Costa, gerente ambiental do Dmae, a baixa qualidade da água levou ao uso de mais produto químico.

O Dmae passou a utilizar parte da água tratada pela Capim Branco, para que o abastecimento não fosse prejudicado.

Ao g1, o Dmae informou na sexta-feira (22) que “o sistema de produção e tratamento de água de Uberlândia está funcionando plenamente e, portanto, não há risco de desabastecimento na cidade”. Na nota, o Dmae ainda disse que “não foram encontrados contaminantes químicos e que técnicos da autarquia, em caráter de precaução, monitoram o leito do rio Uberabinha”.

Conforme a autarquia, caso seja contatado qualquer risco para o abastecimento, a captação de água na ETA Sucupira será totalmente suspensa e o abastecimento da população será feito exclusivamente com a água tratada na ETA Capim Branco.

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