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Uma adolescente, de 15 anos, afirma ter sido roubada, agredida e estuprada após descer em um ponto de ônibus perto de casa em Uberaba, no último domingo (20). A denúncia foi registrada em boletim de ocorrência pela Polícia Militar (PM) e é investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
O caso foi registrado na segunda-feira (21), quando a PM foi chamada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Mirante. No local, a mãe da garota, uma enfermeira de 41 anos, contou que estava trabalhando quando a filha, como de costume, foi à igreja com uma amiga na noite de domingo. Porém, ela não voltou para casa.
Estranhando a situação, a mulher ligou para a amiga da filha, que informou que ela havia ido embora por volta das 20h20 e, após isso, não havia mais falado com ela.
A mãe procurou outros amigos e conhecidos para saber se alguém tinha notícias da adolescente, mas não conseguiu nenhuma informação. Por volta de 3h30, ela foi informada que a filha tinha chegado chorando e nervosa na casa de uma amiga no Bairro Parque das Gameleiras.
Após ser encontrada, a adolescente contou que, ao sair da casa da amiga, foi até o Terminal Rodoviário Gameleiras, onde pegou um ônibus em direção a casa dela.
Porém, ao desembarcar em um ponto, próximo à residência, foi abordada por 4 homens em um carro preto, sendo que 2 deles desceram armados com uma faca e mandaram ela entrar no veículo.
Em seguida, ela disse que foi levada para um galpão, onde pessoas que ela não conseguiu identificar a agrediram com socos e falaram “se seu pai continuar com essa conduta, nós vamos matar ele”. O grupo ainda roubou o telefone dela, 1 cartão poupança e 1 cartão de ônibus.
Depois, ela contou que dois dos envolvidos a seguraram e outros dois a estupraram e a ameaçaram de morte. Após o crime, a adolescente disse ter sido abandonada no Bairro Fabrício, nas proximidades do Estádio Uberabão, de onde foi a pé até a casa da amiga.
A garota ainda contou que já havia sido violentada anteriormente por um vizinho e que desde o caso, que ocorreu há cerca de 1 ano, sofre crises de ansiedade.
Conforme a PM, no momento do relato, a adolescente estava muito confusa, nervosa, introspectiva e fechada. Ela foi encaminhada para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM).
Na unidade, a equipe informou que ela deu entrada bastante calada e fechada. Foi colhida a versão dela e foram realizados os procedimentos de prevenção para doenças sexualmente transmissíveis e uma possível gravidez.
Conforme o responsável pelo atendimento, os exames serão analisados e, somente depois disso, o laudo médico poderá dizer se ela foi ou não violentada sexualmente.
Foi constatado que ela estava com lesões no rosto, nos braços e no ombro esquerdo, além de um corte no lábio.
A PM verificou as câmeras próximas ao local de onde a adolescente foi abordada, mas o aparelho que poderia mostrar a ação estava com defeito. O Terminal Rodoviário confirmou que a adolescente havia entrado no local por volta das 20h30.
Os militares informaram que tentaram conseguir as imagens das câmeras do ônibus e do terminal, mas não conseguiram porque elas foram encaminhadas para a sede da empresa, que fica em outra localidade.
Ao g1, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou nesta terça-feira (22) que instaurou procedimento para investigar o caso e que as apurações estão em andamento.