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Amor depois dos 60: em busca de cumplicidade e sentido à vida, casal vive novo relacionamento em Coromandel | Triângulo Mineiro


O Dia dos Namorados (12) chegou e assuntos relacionados ao amor ficam em alta como recomendações de presentes, programações para casais e sugestões de onde comemorar a data. As expectativas são muitas. E para a aposentada Josefa dos Santos, de 61 anos, moradora de Coromandel, essa é a primeira vez que passará a data casada ao lado de outra pessoa, que considera o novo amor dela.

O antigo companheiro, Antônio Bernadino, faleceu devido a problemas de saúde em 2017 . Os dois viveram juntos durante 26 anos.

Foi uma perda muito grande, eu fiquei sem chão. Depois que ele morreu, fiquei com minha família, mas também fiquei sozinha” , conta.

Ao g1, duas psicólogas falaram sobre a importância do amor na terceira idade.

A família esteve bastante presente nesse momento, como filhos e netos, que prestaram amparo a ela. Mesmo assim, Josefa continuou a se sentir solitária e também desconfortável com a situação.

Ou eu estava com minha filha, ou com meu neto. Ele vinha e me fazia companhia todas as noites. Isso ficava na minha cabeça: eles também precisavam viver a vida deles”, diz.

O sentimento de solidão que Josefa sentia não era de estar sozinha fisicamente, mas de ter alguém para dividir os momentos. Foi assim percebeu que desejava novamente esse tipo de companhia. Segundo ela, foi o que aconteceu, aos poucos, quando conheceu Venâncio Campos, de 63 anos, na festa do Rosário, na cidade de Monte Carmelo, em 2019.

Segundo ela, o amor chegou novamente tanto para ela, como para ele – que também já tinha vivido um relacionamento anterior.

“Começamos a conversar pelo celular, ele foi passando a me visitar com mais frequência, e começamos a ir juntos na pastelaria, na sorveteria. E o tempo foi indo. Foi aí que percebi que dava para ter um relacionamento”, lembra.

Josefa e Venâncio continuaram se conhecendo por alguns meses. A convivência, segundo ela, era muito boa para ambos. Até que, repentinamente, tomaram a decisão de morarem juntos.

A aposentada diz que alguns familiares não apoiavam a relação, outros aprovavam a felicidade do casal, mas diziam que a decisão era dos dois. “Já temos idade, queríamos e fizemos acontecer” brinca.

Após um ano morando juntos, foi natural a decisão de se casarem. A celebração foi feita na Igreja de Coromandel, cidade onde vivem atualmente. No momento, ambos se sentem felizes por estarem na vida um do outro e não se arrependem da decisão.

“Temos uma vida, vivemos a dois – e muito bem. Somos os dois de idade, somos a companhia um do outro e não tenho o que reclamar” , conta ela.

Ao olhar para trás, ela diz que não esquece o papel de seu antigo marido na vida dela, mas seguir em frente não apaga a história anterior. Agora, ela vive um novo caminho.

“Eu não esqueço meu esposo, mesmo que Deus o tenha levado. Mas, não posso falar que agora eu não tenho também uma vida feliz, porque tenho. Esse é o romance de ‘dois velhinhos’”, brinca.
Em 2021, dos 210 milhões de brasileiros, 37,7 milhões são pessoas idosas, de acordo com uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese); imagem de arquivo — Foto: Kauê Altrão

Em 2021, dos 210 milhões de brasileiros, 37,7 milhões são pessoas idosas, de acordo com uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese); imagem de arquivo — Foto: Kauê Altrão

Segundo a psicóloga Andiara Avelino, a presença de um (a) companheiro (a) nessa etapa da vida proporciona momentos que outros familiares não podem aproveitar similarmente. É um momento de desfrute que vai além da rotina superativa e superenergética.

O amor da terceira idade é muito bonito e genuíno. É o companheirismo, o chamego, a conversa e, principalmente, a calma. É mais do que o carnal ”, comenta.

Para a psicóloga Débora Carvalho, a velhice tem as características próprias, mas não é um impeditivo para que as pessoas deixem de viver os desejos por causa de pensamentos ou crenças.

“A vontade de ter um companheiro romântico é natural para qualquer idade. A liberdade é a nova regra social no amor”, complementa.

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Fonte: G1


12/06/2022 – Paranaíba e Máximus FM

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