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O crime ocorreu em 1º de julho de 2014, e o acusado foi preso no dia seguinte. Na época, Reinaldo era namorado da ex-esposa de Marcelo, que morava no mesmo condomínio do ex-marido. As duas filhas do ex-casal moravam com a mãe e uma delas ligou para o pai dizendo que o padrasto estava em conduta desrespeitosa, usando apenas roupas íntimas. (Confira mais detalhes abaixo)
Depois de exposição dos fatos, o Conselho de Sentença afastou a tese de legítima defesa. A votação que determinou a sentença foi de 4 votos a 3. O juiz concedeu o direito de Reinaldo de recorrer em liberdade, por isso o réu saiu do plenário livre. O g1 procurou a defesa dele para saber se gostariam de comentar sobre a sentença, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
“Hoje, a Justiça trouxe um breve alívio não só para o meu coração, mas também para o de toda a minha família, pois se trata de uma pessoa perigosa, um assassino cruel que está solto”, disse uma das filhas de Marcelo, Angie Osbourne.
Veja abaixo o que disseram o assistente de acusação e os advogados de defesa do réu.
De acordo com o advogado assistente da acusação Moacir Carvalho, o prazo de 8 anos entre o crime e o julgamento ocorreu porque Reinaldo responde ao processo em liberdade. O acusado foi encontrado na zona rural de Prata e permaneceu preso até a sentença de pronúncia, onde a defesa conseguiu a desclassificação de agravante.
“O processo teve a tramitação como se dá com réu preso. Só que na sentença de pronúncia houve uma desclassificação de homicídio qualificado para homicídio simples. Com a desclassificação, o juiz entendeu por bem deixar ele recorrer em liberdade”, pontuou o assistente.
Acusado de homicídio no Bairro Brasil em Uberlândia vai a julgamento
Segundo o advogado de defesa Adriano Parreira, Reinaldo não tem antecedentes criminais e sempre trabalhou. “Esse é o único fato de registro criminal na vida dele. Ele tem levado a vida normalmente, sempre trabalhou com carteira assinada, sabendo que o dia do julgamento chegaria”, afirmou Parreira.
Outro advogado de defesa, Aurélio Pajuaba sustentou que o acusado agiu em legítima defesa. Segundo ele, Reinaldo tinha sido agredido meses antes.
“Foi quebrada uma porta para tirá-lo do apartamento onde se encontrava, mas ele conseguiu se desvencilhar e saiu correndo. Naquela oportunidade ele já poderia ter sido morto”, disse.
Marcelo Costa Maciel foi morto com 3 tiros nas costas após discutir com Reinaldo Anastácio Duarte em um condomínio localizado na Rua Paraná, no Bairro Brasil, em Uberlândia, no dia 2 de julho de 2014. Á época, Reinaldo tinha 29 anos e era namorado da ex-mulher de Marcelo.
Tanto a vítima, quanto a ex-esposa moravam em apartamentos diferentes, porém, no mesmo condomínio. As duas filhas moravam com a mãe.
O motivo da discussão foi a ligação feita por uma das filhas da vítima, dizendo que o padrasto estava em conduta desrespeitosa, usando apenas roupas íntimas pelo apartamento. Marcelo, que tinha 39 anos, foi atingido pelos disparos no estacionamento do condomínio.
Ele chegou a ser socorrido e encaminhado para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), mas não resistiu aos ferimentos.
Reinaldo foi preso na zona rural de Prata após um fazendeiro avistar o carro dele e acionar a Polícia Militar (PM). Depois da prisão, ele foi encaminhado para Uberlândia.