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Conhecida como Planta de Amônia ou fábrica de amônia, a UFN-V foi um projeto da Petrobras para alavancar a produção de fertilizantes no Distrito Industrial III (entenda mais abaixo). A cessão para da área de 1.086.535,44 m² vale por 20 anos, prorrogáveis por mais 20 anos, se necessário.
Segundo a Prefeitura, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) prepara um projeto de lei para enviar à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para que a cessão da área se transforme em doação, com destinação para investimentos no setor industrial.
Ainda conforme o governo municipal, a área já possui projeto e infraestrutura básica de fundação.
“Com a cessão, a Prefeitura terá liberdade para dar o melhor destino para o terreno, seja fábrica de amônia, termelétrica ou algum outro investimento”, salientou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação (Sedec), Rui Ramos.
A UFN-V, conhecida como fábrica de amônia, foi um projeto da Petrobras para alavancar a produção de fertilizantes em uma das principais regiões agrícolas do país.
A construção, anunciada em agosto de 2013, seria feita pelo consórcio Toyo Setal Fertilizantes, que tinha firmado um contrato com a Petrobras no valor de mais de R$ 2,1 bilhões. A obra seria custeada por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Em 2014, a obra chegou a ser batizada e recebeu até uma pedra fundamental, mas, após iniciada a construção, foi suspensa em julho de 2015.
Em outubro de 2017, a Petrobras anunciou o leilão dos equipamentos da UFN-V. Um mês depois, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao então presidente da Petrobras, Pedro Parente, que suspendesse o pregão.
Porém, no início de 2018, o MPF comunicou ao presidente da Petrobras que retirou a recomendação, pois concluiu que o leilão seria realizado para minimizar o dano ao erário causado pelo cancelamento do projeto e acabar com os custos correntes com a manutenção do local.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), relatórios indicam que 37,76% das obras físicas foram concluídas e foram gastos mais de R$ 649 milhões na UFN-V, equivalente a 33,12% do total destinado para o projeto. No entanto, um relatório divulgado ao mercado em 2016 pela Petrobras reconheceu perdas no valor de US$ 190 milhões no que diz respeito à unidade.
O pregão, que estava previsto para ocorrer inicialmente em novembro de 2017, foi adiado para janeiro de 2018, mas não foi realizado devido à implantação de melhorias no Portal Petrocnet, site em que ocorreria o processo.
Então, o leilão foi marcado novamente para os dias 20, 21 e 22 de fevereiro de 2018. Porém, como não houve nenhum lance, foi remarcado para os dias 20, 21 e 22 de março daquele ano.
Em 2021, o terreno chegou a ser colocado novamente à venda por mais de R$ 8 milhões, mas foi suspensa após negociações do Município com o governo estadual.