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Cadê a onça? Câmeras fotográficas serão instaladas para monitorar suçuarana em Uberlândia


Telespectadoras participaram do MG1 da TV Integração nesta quarta-feira (4) e perguntaram: “E a onça, foi capturada?” A resposta é, ainda não e também não há definição da Polícia Militar de Meio Ambiente se isso vai ocorrer.

“Desde o aparecimento nós começamos a fazer o estudo das imagens, ouvindo relatos dos moradores para poder entender essa apariação dela, qual seria o itinerário, o que ele estaria fazendo lá na região e avaliar se é viável ou não capturar o animal”, explicou o tenente Diego Jorge, da Polícia Militar de Meio Ambiente.

Nos próximos dias, vão ser instaladas na região onde o animal apareceu máquinas fotográficas para poder monitorar o comportamento da suçuarana. “O animal está sendo monitorado em um trabalho passo a passo em conjunto com profissonais”.

O policial também ressaltou que é importante não oferecer alimentos para a onça e se algum morador se deparar com ela é primordial não fazer qualquer tentativa de acuá-la, e deixá-la seguir o fluxo natural para a área de mata.

Onça foi flagrada de madrugada

A onça suçuarana foi flagrada na madrugada do sábado, 23 de abril, caminhando por ruas do Bairro Granja Marileusa. De acordo com a presidente da Associação dos Moradores e Empresas do bairro, Edina Franco Gouveia, o animal foi filmado por algumas das 44 câmeras de segurança com sistema de inteligência artificial que ficam espalhadas em pontos estratégicos.

Veja abaixo as medias adotadas pela Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMA) para monitoramento do animal e o que disse um especialista sobre os hábitos e o motivo para a aparição na área urbana.

Para tranquilizar os moradores do bairro, a associação emitiu um comunicado.

“A princípio a onça não oferece nenhum tipo de risco, desde que não se sinta acuada. O bairro tem áreas de preservação e se destaca na questão ambiental, por isso acabou atraindo o animal. Além disso, quando esse tipo de situação acontece nós procuramos acionar os órgãos competentes. Neste caso, a Polícia Militar de Meio Ambiente que, automaticamente, acionou outros órgãos”, disse.

A Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMA) disse à epoca, que o registro foi feito em área próxima a uma mata e todas as providências têm sido tomadas para captura do animal e realocação ao habitat natural.

“Se por ventura o animal ficar confinado em algum local é mais fácil para realizarmos a captura e, posteriormente, soltá-lo em outra área nativa. Costuma ser um animal muito arisco e tende a se refugiar em caso de qualquer movimentação”. A princípio não oferece risco à população, explicou o tenente da PMMA, Cristiano Correa Lemos.

Ainda conforme o militar, a onça suçuarana costuma atuar em um raio de aproximadamente 50 quilômetros e a recomendação é que a população evite transitar próximo às áreas de preservação durante o período da noite ou alimentar o animal até que o monitoramento completo seja finalizado.

Onça suçuarana é filmada em rua do Bairro Granja Marileusa em Uberlândia

Onça suçuarana é filmada em rua do Bairro Granja Marileusa em Uberlândia

Por que a onça apareceu?

À TV Integração, o médico veterinário especialista em animais silvestres, André Quagliato, disse que a aparição de animais selvagens é comum em bairros mais afastados da área central de Uberlândia. De acordo com ele, o motivo é a riqueza na fauna no entorno da cidade.

“É muito comum o registro de animais como esse, como suçuaranas, tamanduá-bandeira, tamanduá-mirim, raposas, cachorro do mato, porco-espinho. São vários animais do Cerrado que estão, naturalmente, em busca de alimento e abrigo”, afirmou.

Ainda segundo o especialista, felinos selvagens têm hábitos noturnos e os registros em áreas urbanas costumam ocorrer em momentos onde não há muitas pessoas fora de casa. Devido à pouca movimentação, os animais se sentem à vontade para se deslocar.

“Raramente haverá a aparição de um animal assim durante o dia, a não ser que ele seja espantado da área onde esteja abrigado, mas se isso acontecer, a chance de aparecer de novo é muito pequena. O animal usa a área de preservação para dispersão. Pode ser que esse que foi filmado sequer apareça novamente”, explicou.

Caso uma pessoa aviste o animal ou ele se aproxime de alguma casa, a recomendação é não tentar espantá-lo ou capturá-lo.

“Deve-se deixar o animal quieto, ele vai achar uma saída. Em um bairro como esse, onde as residências ainda estão longe uma das outras, o animal vai encontrar uma área de escape para seguir seu caminho”, disse Quagliato.

Para o veterinário, os felinos selvagens assustam por causa dos dentes e garras grandes e possibilidade de ataque quando acuados, porém, é comum na região. Além disso, o registro desses animais demonstra a qualidade do meio ambiente.

“Onde eles estão presentes, significa que o ambiente está mais ou menos estável e que a cadeia alimentar abaixo deles está preservada”, concluiu.ÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas


Fonte: G1


04/05/2022 – Paranaíba e Máximus FM

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