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A detenção do casal foi na noite de sexta-feira (6), no Bairro Élisson Prieto, antigo assentamento do Glória. Os foragidos não informaram desde quando estavam em Uberlândia, apenas que receberam abrigo de um casal de amigos.
“As informações [que recebemos] deram conta de que o casal estaria transitando em um veículo com característica específicas, o qual foi abordado e foi feita a checagem da identidade deles e constatado se tratar dos mesmos”, explicou o tenente da PM, Wanderson Vaz.
Na casa dos amigos em Uberlândia a PM encontrou uma criança de 3 anos, que seria filha do casal foragido. A criança não teria sinais de maus-tratos, segundo a PM. Os tios paternos buscaram a criança na manhã deste sábado (7) e a levaram para Itu.
Conforme apurado pela TV TEM, os pais do menino de 11 anos serão levados para Itu, mas ainda não se sabe quando. A distância entre Uberlândia e Itu é de 550 quilômetros.
A Justiça havia decretado a prisão preventiva dos pais na noite de quinta-feira (5), após a Polícia Civil ter pedido a prisão deles na terça-feira (3). O pedido de prisão preventiva foi justificado devido o caso envolver tortura, lesão corporal e abandono de incapaz.
Segundo a criança, o pai a obrigava a mentir sobre os ferimentos. O caso ganhou proporções após o menino relatar o ocorrido a um amigo, que revelou a situação no bairro, na segunda-feira (2).
Depois de receber a denúncia, o Conselho Tutelar foi até o local indicado para resgatar a criança, que agora está em um abrigo e, em breve, deve ser ouvida pelo delegado responsável pelo caso, na presença de um conselheiro.
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) quer saber se houve negligência no caso, já que, em 2020, o Conselho Tutelar recebeu uma denúncia de maus-tratos contra o menino e, em 2013, a mãe chegou a ser presa por suspeita de matar o filho mais novo, de apenas um ano. Nesta ocasião, o menino resgatado na última segunda-feira também apresentou hematomas pelo corpo.
Para a integrante da comissão Carmem Renata Fulaz, houve um erro geral, tanto por parte do poder público, como por parte dos munícipes, por omissão. A comissão também pediu ao Ministério Público para solicitar na Justiça a retirada das imagens da criança da internet.
“Vai ter que ser apurado. A criança frequentava escola. É uma situação que ele teria medo de falar, mas, com o vídeo divulgado no final de semana… As cicatrizes dele, os hematomas são tão evidentes que ele estava sofrendo maus-tratos, tortura dentro de casa ou de qualquer outro local”, afirmou.
Uma testemunha que ouviu os primeiros relatos do menino na segunda-feira contou que ele fugiu pois o pai ameaçou cortar o dedo da mão dele.
“[Ele] vinha sofrendo havia muito tempo, não estava aguentando. Nisso, o pai dele falou que ia cortar o dedo da mão dele, estava amolando o facão para cortar porque ele pegou R$ 4. Falei ‘não, é impossível um negócio desse aí'”, contou à TV TEM.
Testemunha conta como foi primeiro contato com menino agredido pelos pais em Itu
Em relato às pessoas que o encontraram, o garoto contou que apanhava havia cinco anos e que era enforcado com um fio. Além disso, disse que já foi atingido por um facão e por água de bateria de carro, o que causou uma falha no cabelo dele.
Segundo a testemunha, a criança também contou que o pai o levava para um local perto da linha do trem da cidade para agredi-lo.
“Fazia uma bola de meia e colocava dentro da boca dele e batia nele com fio, com cabo de enxada. A mãe dele também batia nele”, diz.