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Foi realizada nesta quarta-feira (30), em Araxá, a primeira audiência judicial envolvendo o vereador Doutor Zidane (PP). O parlamentar e assessores são alvos de investigações por envolvimento em crimes eleitorais.
O vereador foi indiciado em dois inquéritos policiais por corrupção passiva e ativa, falsidade ideológica e falsificação de documento público. Posteriormente, ele foi também denunciado pelo Ministério Público (MP).
A audiência desta quarta-feira, foi sobra a falsificação de documentos públicos. Segundo o processo, as notas fiscais referentes ao material utilizado pelo parlamentar na campanha de 2020, foi alterada com valor abaixo do real.
O g1 fez contato com a defesa do vereador, o advogado Walter Gustavo, e solicitou uma nota sobre o fato, mas até não obteve retorno até a última atualização da reportagem.
Foram ouvidos policiais civis envolvidos no inquérito, o vereador Zidane e um dos antigos assessores. Os advogados agora têm cinco dias para apresentar a defesa e, em seguida, o juiz dará a sentença.
O vereador Zidane ficou afastado por causa das investigações, mas após conseguir na Justiça uma liminar, ele continua os trabalhos na Câmara.
A Polícia Civil concluiu no dia 15 de abril de 2021, a segunda fase da Operação “Donum”, que apurou crimes eleitorais cometidos nas eleições de 2020, em Araxá. O vereador Doutor Zidane (PP) foi indiciado junto com dois assessores por atos de corrupção e associação criminosa. As pessoas que receberam benefício em troca do voto também serão indiciadas por corrupção passiva. A Civil não divulgou os nomes dos dois assessores.
Ao todo, o inquérito reúne 25 pessoas indiciadas. Integram este número os eleitores que receberam benefícios na campanha e que em contrapartida votaram no parlamentar.
“O vereador e dois assessores foram indiciados por 24 atos de corrupção e também por associação criminosa. Os demais serão indiciados por crime de corrupção passiva”, disse na época o delegado responsável pelo caso, Conrado Costa da Silva.
Vereador Dr. Zidane e mais 24 pessoas são indiciadas por corrupção eleitoral em Araxá
Ainda segundo Conrado na ocasião, os assessores do vereador eram orientados a comprar eleitores com valores que variavam entre R$ 50 e R$ 100. Os pagamentos eram feitos para que os eleitores se comprometessem a votar no vereador.
“Em algumas situações para que os eleitores gravassem vídeos em apoio ao vereador e para que adesivassem os carros. Cada um tinha um tipo de vantagem”, disse.
Em relação ao crime de corrupção eleitoral, a pena na pode chegar a quatro anos de prisão e de associação criminosa, a pena varia de um ano a três anos de prisão.