Dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta sexta-feira (27). Cidades mais populosas, têm mais mulheres do que homens; em cidades menores, situação é inversa.

Os resultados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (27), apresentam um retrato demográfico do Brasil com mudanças significativas. O estudo revela um envelhecimento da população e um aumento na proporção de mulheres em relação aos homens.

De acordo com a pesquisa, as cidades mais populosas agora abrigam uma maioria feminina, conforme o índice de razão de sexo, que é obtida pela divisão da quantidade de homens pelo número de mulheres. Quando esse indicador é superior a 100, significa que a população possui mais homens; quando inferior a 100, há uma predominância de mulheres.

Por outro lado, nas cidades de menor porte, observa-se uma maior proporção de homens. Em Rio Paranaíba, com uma população atual de 14.532 habitantes – um aumento em relação aos 11.885 registrados em 2010 – a razão de sexos é de 101 homens para cada 100 mulheres, o que representa 7.204 mulheres e 7.328 homens, segundo o IBGE.

O Censo 2022 também destaca o aumento constante da população feminina nas últimas décadas. Atualmente, as mulheres representam 51,5% dos 203 milhões de brasileiros, totalizando cerca de 104,5 milhões de mulheres em comparação com 98,5 milhões de homens, uma diferença de 6 milhões.

Em 2010, a proporção era de 96,9 homens para cada 100 mulheres, enquanto em 2022, esse número diminuído para 94,2 homens para cada 100 mulheres, demonstrava uma crescente predominância feminina na população brasileira, em parte devido à maior mortalidade masculina em todas as faixas etárias.

O grupo de pessoas com 65 anos ou mais agora representa 10,9% da população, um aumento notável em relação aos anos anteriores, enquanto a proporção de jovens com idade até 14 anos caiu para 19,8%. Esse cenário ressalta a tendência de envelhecimento populacional, com um aumento de 57,4% na população com mais de 65 anos desde 2010, ao passo que o número de crianças com menos de 14 anos diminuiu em 12,6%.

As faixas etárias intermediárias, entre 15 e 64 anos, também tiveram variação positiva, passando de 68,5% para 69,3%. A idade mediana da população brasileira, que divide o país entre uma metade mais velha e outra mais jovem, aumentou seis anos, passando de 29 em 2010 para 35 em 2022.

Esse envelhecimento é mais pronunciado em cidades com menos de 5 mil habitantes e nas que têm mais de 500 mil habitantes, especialmente nas regiões Sudeste e Sul, onde a proporção de idosos atinge 12,2% e 12,1%, respectivamente. Entre os estados, Rio Grande do Sul (14,1%), Rio de Janeiro (13,1%) e Minas Gerais (12,4%) lideraram essa tendência.

Por outro lado, a população mais jovem, de crianças com menos de 14 anos, é mais expressiva nas regiões Norte (25,2%) e Nordeste (21,1%). Em 2010, a cada 30,7 idosos (com 65 anos ou mais), o país tinha 100 jovens com até 14 anos. Atualmente, a proporção é de 55 idosos para cada 100 jovens, diminuindo a tendência de uma população com menos jovens e mais idosos.

O Censo é uma pesquisa realizada a cada 10 anos pelo IBGE  para obter uma visão abrangente da população brasileira, identificando características socioeconômicas. Isso envolve uma contagem da população em todos os 5.568 municípios do Brasil, além de dois distritos (Fernando de Noronha e Distrito Federal), totalizando 5.570 localidades que foram visitadas por recenseadores.

A informação da distribuição da população por idade e sexo é essencial para calcular indicadores demográficos, analisar mudanças no perfil populacional ao longo do tempo e orientar políticas públicas e programas sociais.

Rio Paranaíba-MG

28/10/2023 – Paranaíba e Máximus FM