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Uma criança de 1 ano e 11 meses morreu por leishmaniose, em Patos de Minas. A morte ocorreu no dia 7 de julho, oito dias após a internação, e foi informada nesta quarta-feira (14) pela Prefeitura. Conforme o Município, no processo de transferência da menina para o Hospital Regional Antônio Dias (HRAD), a unidade teria recusado receber a paciente na porta da unidade de saúde, acolhendo ela apenas no dia seguinte. Leia abaixo.
Nesta quarta-feira (13), o g1 procurou a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), responsável pelo Hospital Regional Antônio Dias, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o caso é considerado importado, porque a família havia se mudado de Rio Pardo de Minas para uma fazenda próxima ao distrito de Santana de Patos, quando a menina apresentou os primeiros sintomas. O períoso de incubação da doença em humanos é de 10 dias a 24 meses, segundo o Ministério da Saúde.
A leishmaniose é transmitida através da picada do inseto conhecido como flebotomíneos e é caracterizada por um conjunto de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania e da família Trypanosomatidae. De modo geral, essas enfermidades se dividem em leishmaniose tegumentar americana, que ataca a pele e as mucosas, e leishmaniose visceral (ou calazar), que ataca órgãos internos.
Conforme a Prefeitura, a menina deu entrada na UPA no dia 29 de junho, depois de ser atendida na Clínica de Especialidades e de lá encaminhada diretamente ao pronto atendimento. Na unidade de saúde foi realizado exame para confirmar a suspeita da leishmaniose.
Com a necessidade urgente de transfusão de sangue, a UPA solicitou, via SUS-Fácil e também por contato telefônico com a central de regulação, a transferência da criança para o Hospital Regional Antônio Dias (HRAD). Conforme a Secretaria de Saúde, a solicitação foi por “vaga zero”, ou seja, de urgência. Porém, sob a alegação de não ter leito na pediatra, o pedido foi negado, dando previsão de recebimento para o dia seguinte, na sexta-feira (1º).
A tentativa de transferência da paciente ocorreu acompanhada da médica da UPA, porém na porta do HRAD, ela não foi recebida. Na ocasião, diante da gravidade da situação e o risco iminente de morte da paciente, a Prefeitura de Patos de Minas fez um boletim de ocorrência. Assim, a equipe da UPA retornou com a criança para a unidade.
“Embora não seja hospital e não tenha, portanto, estrutura para realizar transfusão de sangue, a unidade, com acompanhamento de um pediatra, transfundiu a paciente depois de ser necessária intensa mobilização para o Hemonúcleo de Patos de Minas liberar as bolsas de sangue”, disse em nota a Prefeitura.
No sábado, 2 de julho, o HRAD recebeu a criança por volta das 14h. A Secretaria de Saúde informou que posteriormente, a criança foi transferida para um hospital particular por meio da compra de vaga na UTI pediátrica via SUS. Mas, em razão da gravidade do quadro, ela não resistiu e faleceu na última quinta-feira (7).