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Um detento de 22 anos denunciou ter sido vítima de estupro por um companheiro de cela na Penitenciária de Patrocínio. El dormia quando percebeu o outro detento cometendo o crime. O caso foi no dia 2 de janeiro.
De acordo com o advogado Erick Couto, o jovem está preso há mais de dois anos pelo crime de roubo. Ele faz uso de remédios controlados e, por isso, não percebeu o estupro.
“Ele faz uso de remédios controlados para dormir em razão da ansiedade e, assim, acaba dormindo demais. Ele teria sido vítima de violência sexual enquanto dormia e acordou no momento do ato”, contou o advogado.
No dia 19 de dezembro, antes do ocorrido, o detento enviou cartas para a mãe e a avó, segundo o advogado. Nos recados para a família, ele pedia visita e afirmava se tratar de um “caso de vida ou morte”.
Porém, a carta chegou no dia 2 de janeiro e, desde então, a família não conseguiu contato direto com o detento e não sabe quais foram os motivos do recado.
“Mãe, eu preciso que a senhora vem me visitar urgente, é caso de vida ou morte. Assim que essa carta chegar nas mãos da senhora, deixa tudo que estiver fazendo e vem me ver. O seu filho está precisando da senhora. Vem é coisa séria, não é brincadeira”, diz a carta enviada para a mãe.
O advogado também afirma que solicitou atendimento com o detento com urgência, mas foi informado que só poderia agendar horário de atendimento no dia 24 de janeiro.
A família recebe informações de maneira formal pela penitenciária, mas não souberam dizer qual o atual estado de saúde do rapaz.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Departamento Penitenciário (Depen – MG), informou que o detento alegou para os policiais penais da unidade ter sido vítima de um suposto estupro por parte de outro detento da cela em que ele se encontrava.
“A alegação foi feita após os policiais penais separarem uma briga entre os dois. O detento (suposta vítima) passou pela equipe de saúde da unidade e foi levado para a delegacia de Polícia Civil, responsável pelas investigações criminais. A unidade aguarda o resultado do laudo da perícia médica. Os dois encontram-se em celas separadas”.