Alessandra Aparecida Henrique Barbosa, de 38 anos, e Elismar Moreira Machado, de 42, afirmaram que estiveram na casa da vítima. O suspeito deu a versão dele.

Em coletiva à imprensa realizada na tarde desta segunda, o tenente Wanderson Vaz explicou como a PM chegou aos suspeitos.

“A PM colheu informações junto aos vizinhos, inclusive com imagens, que por volta das 3h pessoas estiveram na casa. Também foi levantado que a vítima estaria se relacionando com uma mulher e que, possivelmente, ela poderia ser a responsável pelo homicídio. Depois disso, foram feitas diligências para localizar a suspeita”, disse Vaz.

Ainda segundo o tenente, ao ser localizada, Alessandra Barbosa afirmou que estava se escondendo devido ao homicídio, mas que o crime teria sido cometido por outra pessoa e que a motivação seria uma dívida por drogas. A outra pessoa citada por ela, foi Elismar Moreira Machado, que é foragido da Justiça.

“O suspeito assumiu a autoria do crime juntamente com a mulher, porém, disse que a motivação não era dívida por drogas, mas sim uma tentativa de roubo. Segundo ele, na quinta-feira a mulher disse que eles deveriam ir para a casa da vítima para roubar a quantia de R$ 2.400, que estavam guardados em um cofre”, explicou.

Após o crime, o suspeito tirou as roupas que estavam com sangue e vestiu as roupas da vítima. As vestes ensanguentadas foram colocadas em uma mochila e jogada em uma rua do Bairro São Jorge.

“A princípio, não há nada que aponte a participação de outras pessoas no crime. As imagens colhidas do local apontam apenas para a participação do homem e da mulher presos”, afirmou o tenente.

Vaz finalizou a coletiva afirmando que todas as informações levantadas apontam para o fato de o crime ter sido cometido para que a dupla conseguisse o dinheiro que estaria na casa.

Na coletiva, o suspeito Elismar Moreira Machado deu uma versão para o crime. Segundo ele, na noite de quinta-feira (9) estava indo comprar drogas quando foi abordado por uma mulher com tatuagem no rosto.

Ela teria perguntado aonde ele estava indo. Ao dizer que estava indo comprar drogas, Alessandra Aparecida Henrique Barbosa perguntou se poderia ir junto.

“Compramos a droga juntos. Ela perguntou onde eu iria usar a droga e eu disse que seria na minha casa, pois não uso droga na rua. Ela pediu para ir comigo e eu deixei”, disse Elismar.

Conforme o suspeito, ainda na manhã de quinta, a mulher disse que queria mais drogas, mas que precisava sacar dinheiro. No entanto, afirmou que não queria ir à lotérica, pois estava com medo de ser encontrada pelo marido, uma vez que estava fora de casa há 2 dias.

“Eu disse que iria até o comércio de um conhecido, faria PIX e ele me daria o dinheiro. Depois usamos a droga. Quando acabou, ela disse para irmos até a casa dela para pegar algumas coisas e o dinheiro do marido, enquanto ele dormia”, afirmou.

Segundo o relato, quando a mulher entrou na casa, o marido acordou e eles começaram a conversar e ele a agrediu. “Por causa disso, eu fui segurá-lo. Quando percebo, ela estava desferindo golpes no cara”.

Elismar também confirmou que tirou as roupas cheias de sangue e colocou roupas da vítima. Depois do crime, ele disse que voltou para casa.

“Fui para minha casa levando a mulher comigo. Ao chegar em casa, ela me falou que tinha dinheiro na casa e voltou. Depois de pegar esse dinheiro, ela veio para minha casa de novo e usamos drogas até domingo de manhã, quando ela foi para a casa de uma amiga e eu fiquei esperando a prisão, pois sabia que isso aconteceria”, concluiu o suspeito.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado sobre o caso, a família da vítima percebeu que algo estava errado depois que o parente parou de atender as ligações. A Polícia Militar (PM) precisou arrombar o portão da casa, que estava trancado. O corpo foi encontrado debaixo de uma pilha de roupas, apenas com as pernas para fora.

A Perícia da Polícia Civil foi acionada e realizou os procedimentos de praxe. Diversas marcas de facadas foram encontradas no peito e na barriga da vítima. Além disso, também foram percebidos hematomas na cabeça, que podem ter sido provocados por pancadas.

Ainda segundo o boletim de ocorrência, uma vizinha afirmou aos policiais que havia escutado o casal brigar em mais de uma oportunidade.

No local do crime, a perícia encontrou um recibo de depósito bancário em nome da mulher. Um pequeno cofre, vazio, também estava na casa.

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