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Grávida que morreu atingida por monitor cardíaco dentro de ambulância seguia sem parentes para o hospital



Ambulância saiu de Sacramento para Uberaba apenas com a paciente Kamily Pricila, o médico e enfermeiros, disse ao g1 a irmã da vítima, Evelyn Fernandes. Kamily Pricila, de 20 anos, morreu após ser atingida por um monitor cardíaco em ambulância Arquivo da família “É muito doloroso, ela era muito nova”. Esse é o relato de Evelyn Fernandes, de 16 anos, irmã da jovem que morreu depois de ser atingida na cabeça pelo monitor cardíaco de uma ambulância em Sacramento. Kamily Pricila estava grávida de sete meses e seguia para ser atendida em Uberaba após passar mal. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Em conversa com o g1 nesta terça-feira (17) – acompanhada pela avó Josefa e responsável legal de Evelyn -, a adolescente contou que a irmã estava ansiosa pelo nascimento do filho Antony, o primeiro dela com o namorado Miquéias. O bebê foi salvo após uma cirurgia de cesariana e passa bem. “Quando descobriu que estava grávida, ela ficou muito feliz e não parava de falar o que iria fazer e o quanto queria conhecer o filho logo. Ela falava que iria levar ele em vários lugares, que iria estar com ele para tudo e que iria ser a melhor mãe do mundo”, contou a adolescente. LEIA MAIS: Grávida morre após monitor cardíaco de ambulância cair na cabeça dela em MG; ‘precisam responder pelo erro’, diz pai Evelyn disse que na última terça (10), dia em que Kamily passou mal, a família estava mobilizada para o velório do avô dela, falecido na noite anterior. Com isso, ela acompanhou a irmã até a Santa Casa de Misericórdia de Sacramento. “O pai dela é de outra cidade, então não iria chegar a tempo, e o namorado dela não sabia o que estava acontecendo, pois estava no trabalho, fora da cidade”, explicou a adolescente. Porém, mesmo com a piora no quadro de Kamily, Evelyn diz que funcionários da unidade não permitiram que ela fosse na ambulância com a irmã para Uberaba. “Só tinha eu para ir com ela, mas não deixaram eu ir pela minha idade e disseram para eu ir atrás com o carro com o meu padrinho”, continuou. Com isso, a jovem grávida seguiu viagem apenas com médicos e enfermeiros no veículo, enquanto os parentes foram minutos depois, de carro. No trajeto, o equipamento atingiu a cabeça de Kamily, mas, segundo Evelyn, a família só foi informada do ocorrido horas depois. A jovem teve a morte cerebral constatada na quinta (12), quando também foi autorizada a doação de órgãos da jovem. “Ela era uma pessoa muito extrovertida, alegre, divertida, engraçada. Eu espero que eles deem uma resposta, pois foi uma grande falta de cuidado o que aconteceu”, completou. Kamily Pricila, de 20 anos, morreu após ser atingida por um monitor cardíaco em ambulância Arquivo da família Caso é apurado pela Prefeitura Na segunda (16), a Prefeitura de Sacramento informou que instaurou um procedimento administrativo para investigar o caso. Ao g1, o médico Marcelo Sivieri, designado pela Prefeitura para acompanhar o processo, informou pelo telefone que o monitor caiu na cabeça dela depois que o motorista precisou fazer uma manobra brusca. “O equipamento é preso com um velcro, que se soltou com a manobra. Me disseram que uma enfermeira ainda tentou amortecer a queda do objeto, mas não conseguiu”, relatou. Após o acidente, o motorista completou o trajeto até o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM). A jovem chegou à unidade ainda com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Ainda segundo o médico, Kamily sofria de pré-eclampsia, uma condição que acomete gestantes e provoca pressão arterial alta e, em casos mais graves, convulsões. O g1 também procurou a Polícia Civil para saber se o caso é investigado e aguarda retorno. “Foi negligência”, diz pai Em entrevista ao g1 na segunda (16), o pai de Kamily, Marcelo Antônio de Oliveira, declarou que a filha foi vítima de negligência. Ele disse que aguardou várias horas no HC-UFTM até ser informado por uma médica que o prontuário apontava que a jovem havia sido atingida por um objeto na cabeça. Marcelo disse ainda que aguarda a retirada de documentos para definir se vai registrar um boletim de ocorrência sobre o caso. “Eles erraram, e precisam responder pelo erro”, declarou. VEJA TAMBÉM: Servidor do IFTM em Uberaba é preso por participar de atos golpistas em Brasília Conselho Regional de Medicina do RJ abre sindicância para apurar caso da mulher que teve mão amputada após o parto 📲 Confira as últimas notícias do g1 Triângulo e Alto Paranaíba 📲 Acompanhe o g1 no Instagram e no Facebook VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

Fonte: G1


17/01/2023 – Paranaíba e Máximus FM

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