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Homem que atacou apoiadores de Lula com drone em MG já foi condenado por estelionato e é suspeito de falsificar registro para comprar arma | Triângulo Mineiro


Desde o dia 2 de julho, Rodrigo Parreira está detido no Presídio de Uberlândia, após ser alvo de uma ação do Ministério Público Federal (MPF). A suspeita é que ele tenha falsificado documentos para obter o Certificado de Registro Pessoa Física – Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Um fuzil teria sido encontrado e apreendido. A ação foi desencadeada no processo de investigação aberto pelo MPF após o ataque com o drone e segue sob sigilo.

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), Rodrigo Parreira tem 38 anos, é casado, tem o ensino médio incompleto e é morador de Uberlândia.

O g1 entrou em contato nesta segunda-feira (11) com a defesa de Rodrigo Parreira para saber se a defesa gostaria de se pronunciar sobre as questões citadas no texto. Porém não houve retorno até a última atualização da reportagem.

Adeviso do Bolsonaro e insatisfação com governo petista

Veículo de Rodrigo Parreira, usado no ataque com drone a apoiadores de Lula em Uberlândia — Foto: Reprodução/Rede social

Veículo de Rodrigo Parreira, usado no ataque com drone a apoiadores de Lula em Uberlândia — Foto: Reprodução/Rede social

No dia do ataque, Rodrigo Parreira e outros dois homens foram presos em flagrante pela PM dentro de uma caminhonete Hilux branca. O veículo tinha um adesivo do presidente Jair Bolsonaro (PL) colado na parte de trás, do lado direito.

Durante a prisão em flagrante, Parreira disse aos policiais que havia contratado Charles Wender Oliveira Souza e Daniel Rodrigues de Oliveira, para jogar o produtos nos apoiadores de Lula, porque estava insatisfeito com as políticas do ex-prefeito petista de Uberlândia, Gilmar Machado.

“Este relatou para a guarnição o seguinte: em razão de estar inconformado com as políticas do ex-prefeito da cidade de Uberlândia, o senhor Gilmar Machado, e por este estar patrocinando a vinda do ex-exmo senhor presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a fim de fazer política, contratou duas pessoas para que fosse jogado sobre as pessoas um produto comumente utilizado para atrair moscas (target)”, diz trecho extraído do boletim.

Trecho do boletim de ocorrência sobre o ataque aos apoiadores de Lula e Kalil com drone — Foto: Reprodução/Boletim de ocorrência

Trecho do boletim de ocorrência sobre o ataque aos apoiadores de Lula e Kalil com drone — Foto: Reprodução/Boletim de ocorrência

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Momento da prisão em flagrante dos operadores de drone que atacou público de evento de Kalil e Lula em Uberlândia — Foto: Wladimir Raeder/Divulgação

Momento da prisão em flagrante dos operadores de drone que atacou público de evento de Kalil e Lula em Uberlândia — Foto: Wladimir Raeder/Divulgação

Em relação às prisões anteriores de Parreira, segundo a Sejusp, a primeira passagem foi em 2015, entre os dias 30 de março e 30 de maio. Ele foi solto após receber liberdade provisória pela Justiça.

A segunda passagem foi em 2020, entre os dias 1º de abril e 4 de agosto. Até o dia 23 de maio, ele ficou em detido em unidade prisional, porém de 24 de maio e 4 de agosto, foi liberado e acompanhado com tornozeleira eletrônica. O monitoramento foi retirado após decisão judicial. Os motivos das prisões não foram informados pela secretaria

Em relação aos processos, dos quais em alguns ele é réu, um foi por estelionato majorado, quando o crime é praticado contra entidade de direito público ou instituto de economia popular, de assistência social ou beneficência. Neste caso, Rodrigo foi condenado em primeira instância. O processo que ele está envolvido se deu por uma falsa comunicação de crime, para que ocorresse um desvio de carga de um caminhão.

Ele foi condenado a 2 anos e 6 meses em regime aberto, porém a pena “privativa de liberdade” foi substituída por uma pena “restritiva de direitos”, que são aplicadas quando a pena é menor que 4 anos em crimes sem violência, se o réu não foi reincidente.

Já o outro processo no qual ele foi condenado é da comarca de Goiatuba, em Goiás, por um crime de roubo cometido em 2005. Ele foi condenado, mas não chegou a ir para a prisão, por ficar no regime semiaberto harmonizado, onde ao invés de passar a noite na unidade prisional, ele poderia ficar em casa.

Drone solta líquido com cheiro forte em apoiadores de Lula e Kalil em Uberlândia

Drone solta líquido com cheiro forte em apoiadores de Lula e Kalil em Uberlândia

Rodrigo Luiz Parreira é o dono do drone usado na ação do dia 15 de junho — Foto: Reprodução

Rodrigo Luiz Parreira é o dono do drone usado na ação do dia 15 de junho — Foto: Reprodução

Após o ataque, o MPF instaurou procedimento por se tratar de uso de “aeronave”, que é regulado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e, portanto, a atribuição de investigar é federal, de acordo com a procuradoria.

No dia 1º de julho, com apoio das demais forças de segurança, o MPF cumpriu mandados de busca e apreensão em pelo menos cinco endereços atribuídos a Rodrigo Luiz Parreira. Segundo apurações da TV Integração, a operação foi para apreensão de documentos e de armamentos.

No dia da operação, Benedito Vieira, advogado de Rodrigo Luiz Parreira, disse à TV Integração que havia tomado conhecimento da operação do Ministério Público Federal e que acompanhou o cliente durante a oitiva realizada na delegacia da Polícia Federal de Uberlândia, onde os esclarecimentos possíveis foram prestados à autoridade policial.

Ainda conforme o advogado, “a defesa contribuiu com o que pode com a autoridade policial e quer acreditar que o investigado não esteja sendo perseguido por questões ou influências políticas ideológicas, pois a acusação do dia 15 de junho foi esclarecida que não se tratou de nenhum ato político”.

Rodrigo está preso em Uberlândia — Foto: TV Integração/Reprodução

Rodrigo está preso em Uberlândia — Foto: TV Integração/Reprodução

Diferente do que disse a defesa, Rodrigo Luiz Parreira relatou aos policiais no dia 15 de junho, que havia contratado Charles Wender Oliveira Souza e Daniel Rodrigues de Oliveira, para jogar o produtos nos apoiadores de Lula, porque estava insatisfeito com as políticas do ex-prefeito de Uberlândia, Gilmar Machado (PT).

ENTENDA O ATAQUE SOFRIDO POR APOIADORES DE LULA E KALIL EM UBERLÂNDIA

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Fonte: G1


11/07/2022 – Paranaíba e Máximus FM

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