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No dia 20 de fevereiro, o g1 noticiou a situação de alguns indígenas da etnia venezuelana Warao, que vivem em Uberaba. Na última sexta-feira (25), a TV Integração exibiu uma reportagem em que o padre Fabiano Roberto, responsável pelo acolhimento do grupo na cidade, informou que irá pedir de volta as casas os indígenas moram por falta de condições financeiras para mantê-las. “Logo logo. vamos pedir as casas de volta e aí surge a pergunta: para onde eles irão?”, disse.
Na matéria, a TV apresenta um mapeamento da situação de imigrantes e refugiados na cidade e diz quais medidas estão previstas para ajudá-los. Leia também a posição da Prefeitura sobre a questão.
O grupo de Waraos vive no Bairro Alfredo Freire. Na entrevista ao g1, eles contaram que tinham poucos recursos para pagar água, energia e comprar alimentos. Entre as queixas para conseguir um meio fixo de sustento, estavam a falta de documentação, os preconceitos e os estereótipos. À epoca, em nota, a Prefeitura havia informado que o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) é a porta de entrada da assistência social da cidade.
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Em Uberaba, existem quase 300 pessoas vivendo em situação de imigração e refúgio. O fluxo de migração na cidade começou no fim de 2019 e se intensificou no meio de 2020. Conforme levantamento da Prefeitura, a maioria das pessoas que chegam ao município são da Venezuela.
Mapeamento de imigrantes e refugiados em Uberaba
Fonte: Prefeitura de Uberlândia
Atualmente, os Waraos estão sob cuidados do projeto de acolhimento Ágape, uma iniciativa do padre Fabiano Roberto, pároco da igreja São Geraldo Majela. Porém, à TV Integração, ele informou que não tem mais condições de custear o auxílio.
“Não temos tantas condições de mantê-los nas casas onde eles habitam. Nós não conseguimos doações suficientes para mantê-los nessas casas até conseguirmos superar as dificuldades que eles enfrentam. Logo logo, vamos pedir as casas de volta e aí surge a pergunta: para onde eles irão?”, disse o padre.
Prefeitura de Uberaba apresenta diagnóstico de refugiados e imigrantes
Conforme o secretário adjunto de Defesa Social, Herval Kobayashi, o Município irá abrir um edital para que instituições possam acolher essas famílias, porém não foi informado a data em que isso será feito.
As instituições que forem fazer o acolhimento irão receber um recurso do Governo Federal, que deve ser disponibilizado, de forma emergencial, em maio de 2022. O secretário informou que, após demonstração de contas e serviços, será possível solicitar a extensão do auxílio por mais 6 meses.
Neste sábado (26), o g1 procurou a Prefeitura para saber se há previsão do lançamento do edital e se há algum diálogo junto ao projeto Ágape, para que quando as casas forem retomadas, os indígenas já estejam em alguma instituição, e aguarda retorno.