Conforme apurado pela TV Integração, em vez de receber ajuda para deixar o vício em álcool e drogas, o grupo era forçado a trabalhar na produção e venda de peças decorativas de gesso. Os auditores descobriram a situação a partir de uma denúncia de um dos internos, que teria sido agredido dentro da clínica e precisou de atendimento médico.

“A clínica funcionava de forma irregular e não havia qualquer procedimento terapêutico. Eles trabalhavam na produção e venda de produtos de gesso na informalidade, sem salários e jornadas definidas e em condições precárias de alojamento”, afirmou o auditor Humberto Camosmie à TV Integração.

Ainda segundo o fiscal, os homens viviam em um alojamento pequeno, onde só há um chuveiro para todos. Além disso, eles eram submetidos a jornadas de trabalho extenuantes e alguns deles não receberam nenhuma quantia financeira.

A ação de resgate contou com a apoio da Polícia Rodoviária Federal. Os homens foram encaminhados para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da cidade. Ainda de acordo com os auditores, o grupo deve ser encaminhado para uma clínica regular em Uberlândia, onde devem receber atendimento terapêutico e formação profissional adequada.

Os donos da clínica investigada não foram localizados pelos auditores. A TV Integração também tentou contato com os proprietários, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.

O g1 procurou o MPT para saber se um pedido de prisão preventiva para os donos da clínica será emitido e aguardava retorno.

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