O menino faz parte do programa de Colaboração Internacional de Pesquisa Astronômica da Nasa, o IASC. Os participantes têm acesso às imagens cedidas pelo telescópio da agência no Havaí e podem identificar corpos celestes e astros em movimento nas fotos.

“A gente passa esse ‘reporte’ para a Nasa que, então, faz a análise preliminar, classificando esses corpos em possíveis asteroides ou não”, afirma o pai de Nicolas e especialista no ensino de astronomia, GIlberto Dumont.

Logo em uma das primeiras observações dele, Nícolas percebeu marcas em movimento que poderiam indicar a existência de um asteroide.

“Eu vi que ele estava mexendo em linha reta, e se você você ver algum corpo assim em 4 fotos, andando em linha reta, pode mandar lá pra ver. Pode ser um asteroide”, relata Nícolas.

Na expectativa de ter feito uma descoberta científica, Nícolas e o pai dele enviaram as imagens para a Nasa. Dias depois, a agência confirmou: era, de fato, um asteroide.

“Eu estava muito animado pra saber a resposta. Então cada dia que se passava eu só pensava naquilo”, lembra o menino.

Em reconhecimento, a Nasa enviou um certificado agradecendo a análise feita por Nícolas. A detecção já foi publicada pela agência espacial e será observada por um período de 3 a 5 anos pelos especialistas, que verificam a órbita e consolidam as medições do objeto identificado para saber se é um astro que ainda não havia sido catalogado.

“A Nasa recebe esses corpos que outras pessoas identificam para que ela calcule a rota dele, para ver se ele algum dia oferecerá risco para terra, porque dá segurança pra nós”, explica Nícolas.

Enquanto aguarda a confirmação oficial de que se trata de um novo asteroide, o jovem astrônomo já pensa em qual nome pretende dar ao corpo celeste que descobriu.

“Eu gostaria de dar um nome relacionado a mim ou homenagear Marcos Pontes, o 1º astronauta brasileiro a ir para o espaço”, conta.

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