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Março chegou ao fim, mas ainda é tempo de lembrar que neste mês foi celebrado o Dia Mundial do Rim. A data escolhida pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN) foi o dia 12 para conscientizar e prevenir doenças renais. A assunto é tão importante que faz parte até do meio veterinário, que realiza a campanha Março Amarelo dos pets, com o objetivo de alertar os tutores sobre o funcionamento do órgão nos animais.
Para entender quais são os sinais de alerta, riscos e tratamentos da doença, o g1 conversou com os veterinários Daniela Tiveron, Gustavo Tiveron e Lara Edna Santana, que atuam em Uberaba.
Veja também a cartilha sobre o tema, lançada pelo Serviço de Nefrologia e Urologia do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia (HV-UFU) e a empresa Elanco.
Nesta reportagem são respondidas às seguintes perguntas:
Doença renal é definida como a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar as funções básicas — filtrar e excretar produtos tóxicos do sangue.
Ela pode ser causada por inflamações, doenças infecciosas e até mesmo predisposição genética. “A doença pode ser de caráter agudo ou crônico, congênito ou genético”, explicaram os veterinários.
O tratamento é individual e depende de cada caso. Nas situações em que o problema é causado por uma outra doença, ela deverá ser tratada.
Em outros casos, o tratamento pode ser paliativo, com o objetivo de fornecer qualidade de vida e tornar a progressão da doença o mais lenta possível.
“Outros podem ser tratados com ajustes de dieta, ingestão de água; acompanhamento de pressão arterial, fluidoterapia e, nos casos mais graves, pode ser feita hemodiálise também”, explicaram os especialistas.
Os principais sinais apontados pelos veterinários entrevistados foram:
O primeiro passo para garantir a prevenção do animal é estimular a boa ingestão de água. Uma forma de fazer isso, apontada pelos veterinários, é colocar vários bebedouros na casa, utilizar água filtrada e oferecer frutas ricas em água, como o melão e a melancia.
“Também é importante oferecer ração de qualidade e realizar check up periódico com veterinário por meio de exames de sangue, urina e ultrassom, pelo menos 1 vez ao ano”, indicaram.
Entre as possibilidades de exames, estão o exame clínico, o hemograma, o de urina de rotina, o perfil bioquímico renal e o ultrassom.
Cachorro na coleira bebe água em bebedouro — Foto: Águas de Jahu/Divulgação
Os principais fatores de risco são doenças iniciais, como a doença do carrapato, a leishmaniose, doença periodontal, diabetes e problema de pressão.
“Qualquer lesão que cause sobrecarga ou dificuldade para circular o sangue para os rins, tem potencial para causar lesão crônica”, apontaram os veterinários.
Outros fatores são: alimentação, hidratação, idade e estresse. Há ainda raças com predisposição a doenças.
Cães da raça shih tzu, por exemplo, apresentam mais comumente alterações congênitas. Já o schnauzer tem mais tendência a ter problemas com cálculos urinários.
“E entre espécies, os felinos tendem a ter maior número de problemas urinários, quando comparado aos cães”, explicaram.
Produzida pelo HV-UFU, em parceria com a empresa Elanco, a cartilha explica o que é a doença renal, fala sobre os sinais da doença e formas de prevenção. Veja abaixo.
Cartilha de Março Amarelo para animais — Foto: HV-UFU e Elanco/Divulgação