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Pesquisa identifica substâncias de risco em água de 14 municípios do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de MG; veja lista


Substâncias com riscos de gerar doenças crônicas – como o câncer – foram identificadas, ao menos uma vez, entre os anos de 2018 e 2020, em água de 14 municípios do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de MG.

As informações foram divulgadas pela Organização Não Governamental (ONG) Repórter Brasil, no Mapa da Água. O g1 procurou as companhias de abastecimento responsáveis. Veja detalhes abaixo.

Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de MG no Mapa da Água — Foto: Reprodução/Repórter Brasil

Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de MG no Mapa da Água — Foto: Reprodução/Repórter Brasil

O que a identificação das substâncias significa?

Imagem ilustrativa de torneira — Foto: Pedro França/Agência Senado

Imagem ilustrativa de torneira — Foto: Pedro França/Agência Senado

Conforme divulgado pela publicação, as substâncias químicas identificadas nas amostras foram aquelas geradas pelo próprio tratamento da água, os subprodutos da desinfecção.

Os produtos em si não são prejudiciais, desde que estejam abaixo da concentração determinada pelo Ministério da Saúde. O levantamento feito pela Repórter Brasil identificou que nas cidades citadas os produtos estavam acima do limite de segurança, por pelo menos uma vez, entre 2018 e 2020.

O risco é apontado, principalmente, quando a população fica submetida a essas substâncias por um período prolongado de tempo. Nestes casos, o risco de desenvolvimento de doenças crônicas é aumentado.

“É possível ter consequências silenciosas a longo prazo, como problema no fígado, rins e sistema nervoso, além de aumentar o risco de câncer”, descreveu a organização na publicação.

Os testes foram feitos em água tratada e a publicação reúne dados de controle do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), o qual é alimentado com testes feitos pelas instituições responsáveis pelo abastecimento de cada município.

Respostas das companhias de abastecimento ao g1

A companhia informou que produz e distribui a água tratada para os usuários de acordo com os padrões de vigilância e potabilidade estabelecidos pela legislação vigente, conforme portaria GM/MS 888/2021 do Ministério da Saúde.

“A Copasa tranquiliza todos os usuários e informa que a vigilância e o rigoroso controle da qualidade da água configuram-se como um processo valoroso para a empresa, razão pela qual salienta que a água tratada e distribuída se encontra dentro dos padrões de potabilidade, não representando quaisquer riscos à saúde das populações atendidas. Não obstante, nos municípios abordados pela reportagem está sendo realizado internamente um levantamento minucioso das observações registradas pelo Repórter Brasil, com todo o detalhe e rigor técnico que o tema requer, para que sejam sanadas quaisquer dúvidas ainda remanescentes”, disse a empresa em nota.

Ainda conforme a companhia, resultados anormais ocasionais nas análises de qualidade de água dão origem a novas campanhas amostrais, com a verificação do histórico geral de qualidade do sistema envolvido, inspeção sanitária para identificar eventuais causas e providências imediatas para a eliminação dessas causas e correção de problemas pontuais constatados.

“Cabe registrar que dos 76 municípios identificados em Minas Gerais pela reportagem do Mapa da Água, a Companhia é responsável pela prestação de serviços de 50 desses, representando o percentual de 66% do total observado”, finalizou a Copasa.

Em nota, a Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau) informou que as análises de água feitas pela empresa não indicaram nenhuma contaminação por agrotóxicos ou outros resíduos da indústria.

A autarquia destacou, ainda, que atende as Portarias Federais GM/MS nº 888/2021 e nº 2.472/2021 , que estabelecem as quantidades de análises e os parâmetros de qualidade da água, de acordo com o número de habitantes.

As análises são monitoradas por laboratório terceirizado e “Acreditado” — título dos laboratórios que recebem certificado do Inmetro e são auditados — para realizar os testes específicos.

Conforme a companhia, o laboratório externo fornece as análises e os laudos são entregues à autarquia, que é responsável por os informar ao SISAGUA e os encaminhar para a Vigilância Ambiental.

A Codau informou que os laudos serão entregues nesta semana para a Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Meio Ambiente das Bacias dos rios Paranaíba e Baixo Rio Grande, para o promotor Carlos Alberto Valera.

“Não foram identificados índices de agrotóxicos, selênio, clordano, ácidos haloacéticos e trihalometano total fora dos parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde”, explicou o presidente da Codau, José Waldir de Sousa Filho.

Ele reiterou que a análise enviada ao Sisagua, em janeiro de 2022, não detectou substâncias orgânicas, inorgânicas, agrotóxicos ou metais pesados, permanecendo a água dentro dos limites de segurança para consumo.

“A água de Uberaba não está contaminada e é produzida e distribuída para a população dentro do que rege a legislação sobre a qualidade da água”, enfatizou a Codau.

Também segundo a companhia ,é realizado o monitoramento da qualidade da água bruta, saída do tratamento e sistema de distribuição de água, avaliando parâmetros como turbidez, pH, cloro residual, cor aparente, fluoreto. E também outros como o alumínio, ferro, DBO e oxigênio dissolvido.

Nesta quinta-feira (10), o g1 também procurou a SAE Ituiutaba, a SAE Araguari, a Dmae Araporã e a SAAE Lagoa Formosa para solicitar nota sobre a qualidade da água nas cidades, porém, até a última atualização desta reportagem, não obteve retorno.

VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas



Fonte: G1


10/03/2022 – Paranaíba e Máximus FM

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