NOTÍCIAS

Pesquisador da UFU identifica elementos cancerígenos e alergênicos em tinturas de tatuagens temporárias | Triângulo Mineiro


Uma pesquisa da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) identificou que a tintura presente nas tatuagens temporárias – na maioria adesivadas e removidas com água ou álcool e comumente utilizadas por crianças – são tóxicas para a pele e podem causar desde urticárias a outros danos severos.

Os resultados apresentaram teores elevados de crômio, cobalto, chumbo e vanádio, que são elementos cancerígenos e alergênicos proibidos em produtos cosméticos, além de concentrações elevadas de alguns elementos como alumínio e bário, que são permitido em produtos cosméticos, mas em certos limites que foram ultrapassados nas amostras, principalmente aquelas destinadas para crianças.

O estudo foi realizado pelo doutor em Química, André Squissato. “A ideia surgiu quando eu ainda estava no doutorado. Pensando no tipo de amostra, eu não achei nada na literatura falando sobre a presença de elementos tóxicos em tintas de tatuagens temporárias, então resolvi pesquisar”, disse.

O artigo com mais detalhes sobre o estudo foi publicado na revista cientídica Química Nova e pode ser acessado neste link.

André Squissato, doutor em Química e pesquisador da UFU — Foto: Arquivo pessoal

André Squissato, doutor em Química e pesquisador da UFU — Foto: Arquivo pessoal

Para o estudo, foram adquiridas algumas amostras de tatuagens que foram mergulhadas em uma solução com ácido clorídrico que simula tanto o contato com a pele quanto a ingestão acidental do produto pela criança.

No Brasil, de acordo com os pesquisadores, não existe uma legislação que regulamenta tatuagens temporárias, então, o trabalho foi comparado com metodologias de análise de produtos tóxicos presentes em cosméticos, que também são aplicados na pele, e em brinquedos para crianças.

Embora tatuagens temporárias estejam de acordo com a segurança do brinquedo, alguns elementos tóxicos encontrados estão em contato direto com a pele durante o uso e fazem mal para a saúde.

“É necessário, então, alertar a comunidade e órgãos reguladores sobre os riscos que envolvem o uso de tatuagens temporárias devido à composição desconhecida das tintas. Dentre trabalhos futuros, a identificação e a determinação da concentração de corantes presentes nestes produtos podem trazer mais informações sobre a composição das tintas deste tipo de produto”, concluíram os pesquisadores.

O trabalho foi realizado em parceria com os professores Rodrigo Muñoz, do Instituto de Química (IQ) da UFU; Angerson Nascimento e Riad Lourenço, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Alexandre Fioroto, da Universidade de São Paulo (USP); e Augusto del Claro, até então, bolsista do Programa Institucional de Bolsas Científicas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Pibic/CNPq) e aluno de Engenharia Ambiental na UFU.

VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas



Fonte: G1


08/07/2022 – Paranaíba e Máximus FM

COMPARTILHE:

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Email
Skype

Mais Notícias de Rio Paranaíba:

Mais Notícias da Região:

SEGUE A @PARANAIBAMAXIMUS

Paranbaíba FM
Máximus FM
Contato Comercial
QUAL RÁDIO QUER OUVIR?