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A Polícia Civil deverá realizar a reconstituição do crime que resultou na morte de uma criança de 5 anos durante um ritual de evocação e incorporação de espíritos, em Frutal. Na quarta-feira (20), os avós, a tia, a mãe da criança e um líder espiritual, suspeitos do homicídio, foram presos durante a Operação “Incorporação da Verdade”. A data para reconstituição do caso ainda não foi marcada.
A informação é do delegado Murilo Cesar Antonini, que divulgou um vídeo sobre alguns detalhes da investigação (veja mais abaixo).
Antonini afirmou que, primeiramente, foi informado que havia ocorrido um acidente doméstico, envolvendo churrasqueira e álcool no dia 23 de março. A criança teve 100% do corpo queimado e, devido à gravidade dos ferimentos, ela morreu no dia seguinte.
Porém, o pai da criança estranhou o comportamento da mãe, da tia e dos avós, além da presença de um guia espiritual no local.
“Descartamos a hipótese de acidente doméstico e instauramos o inquérito para apurar um homicídio culposo. Porém, ao longo da investigação foram ouvidas testemunhas, os médicos que atenderam a vítima e também foram juntados laudos policiais. Com esses elementos, concluímos que não houve acidente doméstico e tampouco homicídio culposo, mas sim, homicídio doloso”, explicou.
Delegado detalha investigações sobre morte de criança durante ritual em Frutal
A partir daí, a Polícia Civil representou pela prisão da mãe, dos avós e do guia espiritual e deflagrou a Operação “Invocação da Verdade”.
Na ação, além dos cinco mandados de prisão temporária contra os suspeitos, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, sendo apreendidos celulares, documentos e outros materiais que podem auxiliar nas investigações.
“Descobriu-se que a criança teria sido queimada durante um ritual de evocação e incorporação de espíritos. Ela teria sido banhada com álcool, misturado com ervas e uma vela acessa foi aproximada do seu corpo, fazendo com que ela fosse queimada viva”, completou Antonini.
Após a conclusão do inquérito, com possível indiciamento dos suspeitos por homicídio doloso qualificado – quando há intenção de matar – ele será remetido à Justiça.