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O Ateliê de Tecelagem Municipal Hermantina Drummond em Araxá tem a missão de manter viva uma tradição que passa por gerações e valoriza o trabalho artesanal: o tear mineiro. Por meio do projeto “Tramas do Tempo”, no Museu Dona Beja, 8 tecelãs buscam ressignificar a antiga cultura.
No espaço, é possível acompanhar o trabalho dos artistas, o que faz o local um museu vivo.
Tradição do tear em Araxá — Foto: Prefeitura de Araxá/Divulgação
A primeira parte se chama “Tramas do Tempo – Contando Histórias”, onde são buscadas referências, por meio de pesquisas, sobre como tecer um material, qual é a explicação para ele ser feito daquela forma, além do significado de cada estampa bordada.
Em “Tramas do Tempo – Tecendo Histórias”, os tecelãs tiram do papel toda a teoria pesquisada e constroem as peças com base nas referências.
Ao final, o último desdobramento “Tramas do Tempo – Reciclando Histórias” é a parte destinada para compor as novas peças, que são utilizados tecidos descartados, como vestimentas que não têm mais utilidade na sociedade.
Museu Dona Beja, foto de arquivo — Foto: CBMM/Divulgação
Desde o início do mês de fevereiro, os trabalhos são desenvolvidos no térreo do Museu Dona Beja. Segundo a coordenadora da tecelagem, Adelina Rezende de Menezes, a ideia do museu vivo é maravilhosa.
“Por exemplo, quando os visitantes passam pelo segundo andar, nos quartos, as colchas que estão nas camas são feitas no tear. E quando chegam no andar debaixo conseguem visualizar todo esse contexto. Conseguem ver como tudo está sendo produzido e conhecem um pouco da história que há por trás de cada trama, de cada estampa”, explicou.
Para os interessados, é possível adquirir os produtos produzidos no espaço.
“A pessoa pode adquirir a peça e levar como lembrança. O objetivo aqui não é tecer para vender, mas sim que o visitante possa visualizar e vivenciar como tudo é feito. E que depois disso, ele tenha um pedacinho dessa história em casa”, destacou a coordenadora Adelina Rezende.
Imagem mostra ateliê em Araxá — Foto: Prefeitura de Araxá/Divulgação
Celina Ferreira tem 64 anos de idade e desde os 7 se dedica à tradição da tecelagem. A artista constituiu família, criou filhas e realizou projetos de vida por meio do tier.
“Aprendi a tecer quando criança e meu sonho é sempre estar passando isso para novas pessoas. Têm bastante tecelãs que eu ensinei. Umas não continuaram, mas outras sim. É um trabalho maravilhoso. Eu gostaria que novas pessoas se interessassem, viessem, procurassem aprender, para no futuro terem uma história para contar e continuar essa tradição”, ponderou.
Ateliê em Araxá funciona de segunda a sexta-feira — Foto: Prefeitura de Araxá/Divulgação
Os interessados podem conhecer o Ateliê de Tecelagem Municipal Hermantina Drummond, em Araxá, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h.
Para loja e visitação, o período de visitar é de terça a sexta-feira, das 8h às 17h. Já o Museu Dona Beja funciona também de terça a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados, das 8h às 12h.