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Uberlândia pode receber o primeiro complexo cloroquímico fora do litoral brasileiro, com a instalação no Distrito Industrial de três empresas: Chlorum Solutions, Bauminas Químicas e Limpesa Empreendimentos. A expectativa da Prefeitura é que juntas elas gerem 220 empregos diretos com a fabricação de insumos cloro-álcalis.
A matéria-prima é utilizada em diversos segmentos, como na construção civil, na produção de plástico em PVC (policloreto de vinila); na siderurgia e mineração, nas lavouras, com uso de herbicidas e pesticidas; na higienização de alimentos e também na saúde, como componente de medicamentos.
A Prefeitura enviou na segunda-feira (7) à Câmara um projeto de lei com pedido de alienação de imóvel municipal, de aproximadamente 80m², situado na Avenida José Andraus Gassani. A intenção é repassá-lo com desconto de 60% sobre o valor avaliado em R$ 20,1 milhões para a construção das fábricas.
De acordo com o Executivo, a recuperação do quantitativo seria em 3,35 anos, a partir dos repasses anuais de ICMS ao Município, estimados em R$ 3,61 milhões.
Ainda conforme a Prefeitura, a previsão de investimentos é de R$ 260 milhões para a fabricação de insumos cloro-álcalis, beneficiando ao menos 10 empresas do município que atualmente compram as matérias-primas de outras cidades.
De acordo com o projeto, as obras seriam iniciadas em 12 meses e as atividades em 24 meses, contados da data de transferência da propriedade.
Prefeito Odelmo Leão apresenta projeto de lei que cria Complexo Cloroquímico aos vereadores. — Foto: Prefeitura de Uberlândia/Divulgação
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), a produção brasileira de cloro representa 60% do mercado latino-americano e responde por 1% do PIB brasileiro.
Atualmente no Brasil são 7 plantas produtivas, instaladas nos seguintes estados: Alagoas, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, São Paulo (duas unidades), Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.