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Pessoas em situação de refúgio, asilo político, acolhida humanitária ou sob outras políticas humanitárias passaram a contar, neste mês de julho, com ações afirmativas de ingresso à Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Uma resolução aprovada pelo Conselho Universitário (Consun) no fim de junho determinou a instituição de política de cotas e auxílios para essa população.
No caso das cotas, a resolução prevê a abertura de uma vaga adicional para esses alunos nos cursos oferecidos pela UFU, pela Educação Infantil da Escola de Educação Básica (ESEBA) e pelas outras unidades da faculdade. Os estudantes também terão mais facilidade no reconhecimento e revalidação de diplomas.
“As ações afirmativas são oportunidades para nossa comunidade de reconhecer-se na alteridade e enriquecer-se na diversidade. Uma formidável resposta acolhedora e responsável para um mundo que, por vezes, infelizmente, ainda insiste no distanciamento, separação e exclusão”, afirmou o vice-reitor da UFU, Carlos Henrique Martins da Silva.
A ação afirmativa foi proposta pela Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM), do Núcleo de Pesquisas e Estudos em Direitos Humanos (Nupedh), do Instituto de Economia e Relações Internacionais (IERI). O trabalho da comissão foi embasado em pesquisas sobre experiências em outras instituições de ensino superior.
“A validação dos diplomas permite que os migrantes que foram obrigados a deixar seus países em razão de crises possam retomar seus projetos de vida, mas também contribuir com o desenvolvimento da sociedade onde eles estão inseridos”, explicou a professora do IERI e coordenadora do núcleo, Marielle Maia.
Uberlândia tem sido cada vez mais procurada por refugiados