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Vazão do Rio Uberaba está maior do que há um ano, mas Codau mantém alerta; em Uberlândia, consumo médio diminuiu | Triângulo Mineiro


Quase um ano após o início de grave crise hídrica, a vazão do Rio Uberaba está melhor. Mesmo com a melhora na situação, a Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau) busca se precaver com a adoção de medidas que garantam o abastecimento durante do período seco de 2022.

Já em Uberlândia, o nível dos canais de captação de água dos sistemas Bom Jardim e Sucupira registraram pouca variação em relação a 2021. Segundo o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), em maio, o consumo por habitante diminuiu em relação ao mesmo mês do ano passado.

O g1 tem acompanhado a situação do abastecimento das duas cidades, sendo esta a sexta reportagem sobre os reservatórios. As outras matérias publicadas durante o período de seca foram:

Veja abaixo como está a situação dos reservatórios nas maiores cidades do Triângulo Mineiro.

De acordo com a Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas, os dados da Estação de Captação apontaram que no dia 31 de maio, a vazão do Rio Uberaba era 2.770 litros por segundo. Há quase um ano, no dia 20 de junho, a vazão era de 1.600 litros por segundo, que fez com que o acionamento do sistema de transposição do Rio Claro fosse adiantado em 73 dias, em relação a 2020.

Apesar de estar melhor do que no ano passado, a Codau afirmou que o momento é de precaução, pois o período seco está apenas no início. Segundo o presidente da autarquia, José Waldir de Sousa Filho, é importante que a população adote medidas para economizar água.

“Pedimos a colaboração da população para que intensifique as medidas de economia de água neste período. Atitudes simples, no dia a dia, contribuem muito para manter a cidade abastecida”, afirmou o presidente.

Ainda conforme a Codau, obras e ações são realizadas para ampliar o sistema de abastecimento do município, como a gestão on-line dos Centros de Reservação (CR). Em seis reservatórios, os CR-2 (Boa Vista); 5 (Abadia); 9 (Aeroporto); 11 (Conjunto Uberaba I); 12 (Vila Ozanan) e o CR-13 (Chica Ferreira), a automação foi concluída com a reprogramação do software que comanda o sistema.

Os Centros de Reservação também receberam válvulas de retenção de fechamento rápido. Todos os centros também receberam medidores de nível ultrassônico, que fazem a leitura do nível de água em tempo real.

Segundo a autarquia, a previsão é que os CR-6 (Olinda), 8 (Pq. das Américas) e o 10 (Gameleiras) recebem o sistema automatizado ainda em 2022. Já os reservatórios 3 (São Benedito) e 4 (Amoroso Costa) devem receber automação a partir de 2023.

Ainda sobre os Centros de Reservação, o CR-14 na Univerdecidade está sendo construído e o CR-11 está sendo ampliado para armazenar 5,5 milhões de litros. As regiões Oeste e Sul devem receber dois novos centros, o CR-15 e CR-16.

A Codau citou, ainda, o Programa de Redução de Perdas de Água no sistema, que prevê o mapeamento de 1.200 km de redes de distribuição de água em toda a cidade. A intenção é diminuir os vazamentos subterrâneos, que geram desperdícios.

“Há também outros estudos e projetos em desenvolvimento para incrementar o nosso Sistema de Abastecimento de Água (SAA), visando ofertar novas estruturas de captação, tratamento, armazenamento e distribuição de água”, concluiu José Waldir de Sousa Filho.

Nível do Rio Uberaba na Estação de Captação da Codau em 27 de abril de 2021 — Foto: Codau/Divulgação

Nível do Rio Uberaba na Estação de Captação da Codau em 27 de abril de 2021 — Foto: Codau/Divulgação

Em 2021, Uberaba viveu grave crise hídrica. Ainda em abril, a Codau informou que a vazão no primeiro mês do outono havia ficado abaixo da média e a situação já era de alerta. Em junho, a autarquia antecipou o acionamento do sistema de transposição do Rio Claro em 73 dias.

Em julho, a situação se agravou a situação foi agravada e a Codau buscava garantir o abastecimento. Menos de um mês depois, a companhia precisou acionar o terceiro motor do sistema de transposição após a vazão do Rio Uberaba se aproximar de 1.000 litros por segundo. No início de agosto, Codau começou a fechar os Centros de Reservação (CR) entre meia-noite e 4h para recuperação do nível; naquele mês, a vazão do rio chegou a variar 40% em menos de 24 horas.

Após pancadas de chuvas, a vazão do Rio Uberaba chegou a subir de 1.300 para 4.000 litros por segundo em outubro. No entanto, a situação durou pouco e a companhia precisou acionar o sistema de transposição novamente.

Ainda em outubro, novas chuvas fizeram o volume do rio aumentar e o fechamento dos Centros de Reservação ser suspenso. A Prefeitura também anunciou planos de médio e longo prazo para evitar novas crises no futuro.

No fim de dezembro, o sistema de transposição do Rio Claro foi totalmente desativado após 6 meses montado.

No maior município do Triângulo Mineiro, o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) o nível dos canais de captação de água dos sistemas variou pouco em relação há um ano. Em junho de 2021, o sistema Bom Jardim estava com 3,05 m e o Sucupira estava com 2,99 m.

Já no último dia 2 de junho, o canal de captação do Bom Jardim estava igual ao ano passado, ou seja, 3,05 m. Por outro lado, o canal de captação estava um pouco mais baixo, 2,95 m.

No dia 2 de fevereiro de 2022, o nível dos canais era, respectivamente, 2,94 m e 3,04 m. Vale lembrar que, segundo o Dmae, o sistema Capim Branco não entra no balanço, pois não sofre alterações por estar abaixo das represas de Miranda e Nova Ponte.

Estação de Tratamento de Água (ETA) do Sistema Bom Jardim, localizada no bairro Jardim Karaíba em Uberlândia — Foto: Prefeitura de Uberlândia/Divulgação

Estação de Tratamento de Água (ETA) do Sistema Bom Jardim, localizada no bairro Jardim Karaíba em Uberlândia — Foto: Prefeitura de Uberlândia/Divulgação

Média de consumo diário de água por pessoa em Uberlândia

Fonte: Dmae

Quanto ao consumo por habitante, Uberlândia encerrou maio com a segunda menor média diária do ano. No quinto mês de 2022, cada pessoa consumiu 247,69 litros por dia (veja gráfico).

Em relação ao mesmo período de 2021, o consumo per capita diminuiu quase 10 litros. Em maio do ano passado, cada pessoa consumiu 257,23 litros por dia.

Segundo o Dmae, o consumo médio per capita foi calculado a partir de uma população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 706 mil habitantes.

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Fonte: G1


08/06/2022 – Paranaíba e Máximus FM

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