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Duas novas espécies de peixes são descobertas em Veríssimo

Encontradas em Veríssimo, no Triângulo Mineiro, espécies são uma das únicas que conseguem viver em córregos e riachos acima de quedas livres de água, pois são capazes de subi-las com uso dos dentes fora da boca e movimentos zig-zag.

Pesquisadores divulgaram nesta quarta-feira (19) a descoberta de novas espécies de peixes, das quais duas são exclusivamente do Rio Uberaba, no município de Veríssimo, no Triângulo Mineiro. Elas são do gênero Trichomycterus, conhecido popularmente como bagres neotropicais. São peixes de pequeno porte, entre 4 cm e 5 cm, com dentes fora da boca, que permitem escalarem rios e riachos.

A descoberta foi feita por meio de uma pesquisa, que ocorre há alguns anos, realizada em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Faculdade Eduvale de Avaré e Universidade Federal do Tocantins (UFT).

pesquisa descreve seis novas espécies em Minas Gerais. Duas delas ocorrem exclusivamente em um riacho em Veríssimo. Ambas as espécies de bagres foram batizadas de Trichomycterus uberabensis e Trichomycterus coelhorum, na qual foram reconhecidas novas características, que as classificam como novas espécies.

Essas espécies foram identificadas por apresentarem algumas características únicas dos demais, em relação a suas feições externas (morfológicas) e ósseas.

Ainda conforme os estudos, essas espécies, presentes em localidades de drenagem, são particularmente suscetíveis à extinção em um cenário de grandes intervenções humanas, merecendo, portanto, atenção especial.

As espécies

Os peixes, conhecidos popularmente como bagres, são novas espécies da família Trichomycteridae, atualmente, até então, 180 espécies eram reconhecidas nessa família. Geralmente são encontrados em águas com bastante correnteza, temperatura baixa e bem oxigenada. Também possuem um comportamento específico, segundo o pesquisador.

As espécies do gênero Trichomycterus, descritas na pesquisa, não ultrapassam 6 cm de comprimento. Assim, muitos detalhes, como os dentes (odontódeos) e algumas características físicas, não são facilmente visíveis nas fotos publicadas. São tipicamente encontradas entre as folhas de plantas nas margens, próximos a raízes ou dentro da folhagem no fundo dos rios.

Trichomycterus coelhorum, descoberta no Triângulo Mineiro. — Foto: Reprodução/ MDPI
Trichomycterus coelhorum, descoberta no Triângulo Mineiro. — Foto: Reprodução/ MDPI

Trichomycterus coelhorum: dentre algumas de suas características específicas, é distinguido das outras espécies do gênero por ter menos raios dorsais na nadadeira de sua cauda e por ter seis raios na nadadeira peitoral, ter menos vértebras e menos dentes. Possui coloração amarelo pálido, com faixa escura marrom a preta e pontos pretos.

O nome “coelhorum” foi dado como uma homenagem à família “Coelho”, da zoóloga Dra. Paula Nunes Coelho, de Frutal, também no Triângulo Mineiro, que prestou apoio aos pesquisadores.

Trichomycterus uberabensis, descoberta no Triângulo Mineiro. — Foto: Reprodução/ MDPI
Trichomycterus uberabensis, descoberta no Triângulo Mineiro. — Foto: Reprodução/ MDPI

Trichomycterus uberabensis: dentre algumas de suas características específicas, não possui nadadeira pélvica, tem menos vértebras, mais dentes em sua arcada. O padrão de coloração do animal é único, composto por pequenas manchas escuras, marrons e negras.




20/04/2023 – Paranaíba e Máximus FM

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