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A organização criminosa era comandada por advogados, servidores públicos e vereadores e atuava em oito estados. Dois mandados de busca e apreensão e um de prisão foram cumpridos nesta quarta-feira (5). Operação Arnaque cumpre mandados em Iturama
MPMG/Divulgação
Dois mandados de busca e apreensão e um de prisão foram cumpridos nesta quarta-feira (5) em Iturama durante a operação “Arnaque”, que investiga uma quadrilha que explorava pessoas em situação de vulnerabilidade social com empréstimos consignados falsos. A ação foi comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso do Sul.
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Em Iturama, foram apreendidos diversos documentos que devem auxiliar nas investigações. Ao todo, foram cumpridos 39 mandados de prisão em 21 cidades de 8 diferentes estados brasileiros contra advogados, servidores públicos e vereadores.
Conforme o Gaeco, os alvos dos criminosos eram indígenas, Pessoas com Deficiência (PCD’s) e idosos. Em cinco anos, os líderes da organização criminosa movimentaram cerca de R$ 190 milhões com o esquema.
LEIA MAIS: Advogados que persuadiam idosos, PCDs e indígenas movimentaram R$ 190 milhões em esquema criminoso em 8 estados
Entenda o crime
Conforme a investigação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), os suspeitos usavam nomes de pessoas em vulnerabilidade social para entrar com processos contra bancos por todo o país com pedidos de indenização por empréstimos consignados fraudulentos.
Segundo informações do MPMS, dois grupos de advogados eram responsáveis por persuadir idosos, deficientes e indígenas para conseguir procurações, autorizando eles a fazerem movimentações. Depois disso, faziam empréstimos falsos e ajuizavam múltiplas ações de indenização em nome dos clientes contra instituições financeiras.
Durante as investigações, foram encontradas mais de 70 mil demandas judiciais sob responsabilidade dos grupos criminosos em todo o país.
A força-tarefa do Gaeco identificou que a maioria das questões eram de empréstimos consignados forjados. Cerca de 10% dos casos terminavam com procedência; quando não são feitos acordos em massa com instituições financeiras.
Entre os alvos estão sete advogados, dois vereadores e outros dois servidores públicos – os nomes dos suspeitos, ou a cidade em que eles estão, não foram divulgados. Além disso, 51 endereços foram listados para busca.
Veja a lista de cidades onde os mandados foram cumpridos:
Mato Grosso do Sul: Iguatemi, Naviraí, Paranhos, Tacuru, Sete Quedas, Eldorado, Anaurilândia e Chapadão do Sul;
Bahia: Barreiras;
Goiás: Goiânia;
Mato Grosso: Sinop;
Minas Gerais: Iturama;
Paraíba: João Pessoa;
Paraná: Araucária, Cascavel, Campo Mourão, Guarapava, Peabiru, Engenheiro Beltrão e Icaraíma;
Piauí: Floriano.
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Fonte: G1