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O Hospital informou que após uma análise detalhada de prontuários médicos e outros documentos, foram identificadas informações incorretas no relato que está circulando nas redes sociais. O paciente foi admitido na unidade de Rio Paranaíba em abril deste ano com sintomas que sugeriam dengue, mas também foi investigado para infarto agudo do miocárdio (IAM).
Pronto Socorro Hospital Municipal de Rio Paranaíba
Um relato sobre uma possivel falha de diagnóstico de médicos no Hospital Municipal de Rio Paranaíba circula nas redes sociais. De acordo com a mensagem, um paciente deu entrada na unidade em abril deste ano após passar mal. Ele se queixava de sintomas como dor no braço direito e vômitos. Mesmo com a insistência da esposa para que fosse realizado um eletrocardiograma, o diagnóstico de infarto foi inicialmente descartado, segundo o relato.
“Sofri um infarto e fui levado ao Pronto Socorro de Rio Paranaíba, onde, apesar de ser atendido de imediato, o médico insistiu que o diagnóstico era Dengue, descartando a hipótese de infarto com base em sintomas como vômito e dor no braço direito. Mesmo com minha esposa pedindo um eletrocardiograma devido ao meu histórico, três médicos analisaram o exame e concluíram que não havia sinais de infarto. Passamos a noite no hospital, e às 5h da manhã, o médico sugeriu alta. Quando minha esposa tentou buscar ajuda de um cardiologista em Patos de Minas, outra médica assumiu o plantão, revisou o eletro, identificou o infarto e recomendou transferência imediata. Fui levado a Patos de Minas, onde passei por cateterismo, angioplastia e coloquei dois stents. Fiquei internado por quatro dias. Diante disso, como três médicos falharam em diagnosticar um infarto? Não adianta investir em equipamentos se não houver profissionais qualificados” detalha o relato.
Após receber a informação sobre esta mensagem, o Hospital Municipal emitiu uma nota oficial para esclarecer o atendimento realizado.
Confira a nota na íntegra!
Após uma meticulosa avaliação dos prontuários médicos, diários de viagem, resultados de exames laboratoriais e demais documentos pertinentes, constatou-se uma série de inverdades a respeito da mensagem que circula em grupos de WhatsApp.
No dia 9 de abril de 2024, o paciente em questão foi admitido no Hospital Municipal de Rio Paranaíba apresentando sintomas de náuseas, vômitos e dores difusas. O médico responsável pelo atendimento inicial levantou a hipótese diagnóstica de dengue, considerando não apenas a alta prevalência da doença no período, tanto em Rio Paranaíba quanto em todo o Brasil, mas também os sintomas relatados pelo paciente.
Apesar da suspeita de dengue, foram realizados exames complementares, incluindo análises laboratoriais e eletrocardiograma. O primeiro exame laboratorial de troponina apresentou resultado negativo. Reitero que, em um paciente sob investigação para Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), como era o caso, é comum que o primeiro exame de troponina apresente resultado negativo, sendo necessário repetir o exame após seis horas da coleta inicial, procedimento este realizado conforme protocolo clínico.
No entanto, o eletrocardiograma revelou alterações que poderiam sugerir um quadro de infarto agudo do miocárdio. Considerando o histórico de hipertensão do paciente, tais alterações poderiam estar relacionadas a uma condição cardíaca pré-existente. Diante desse cenário, o médico optou pela internação do paciente para uma avaliação mais aprofundada
Ainda no dia 9 de abril, durante o plantão noturno, o paciente foi reavaliado por um segundo médico, que aguardava o resultado do segundo exame de troponina, previamente solicitado pelo médico responsável pelo primeiro atendimento. Essa nova análise laboratorial apresentou resultado positivo, sendo o laudo disponibilizado no dia 10 de abril de 2024. Nesse dia, o terceiro médico, munido dos resultados dos exames anteriores e do novo laudo positivo para troponina, confirmou o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio e encaminhou o paciente para o Hospital de Patos de Minas, onde poderia receber tratamento especializado.
A transferência foi realizada de forma célere, com o paciente sendo acompanhado por um médico e um técnico de enfermagem, monitorizado durante toda a viagem, e chegando ao destino final em condições adequadas para o tratamento.
Reitero que todas as informações contidas nesta nota de esclarecimento são corroboradas por cópias dos prontuários médicos. resultados de exames laboratoriais e outros documentos relevantes. Para maiores esclarecimentos, coloco-me à disposição. Anderson Henrique do Couto Filho. Diretor Clínico do Hospital Municipal de Rio Paranaíba.
Segundo a nota, os sintomas iniciais do paciente eram compatíveis com dengue, uma doença prevalente na época. Foi realizado um eletrocardiograma e exames laboratoriais, incluindo a análise de troponina, cujo primeiro resultado foi negativo, algo que pode ocorrer em casos de infarto agudo do miocárdio. O diagnóstico de infarto só foi confirmado após o resultado do segundo exame de troponina, realizado conforme o protocolo clínico, e o paciente foi então transferido para Patos de Minas.