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Imagem reprodução: Agência Brasil - Queijo Minas Artesanal
Nesta quarta-feira (4), o Queijo Minas Artesanal alcançou um marco histórico: os modos de fazer essa iguaria foram oficialmente incluídos na Lista Representativa do Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco. O anúncio ocorreu durante a 19ª Sessão do Comitê para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial, realizada em Assunção, no Paraguai.
O reconhecimento internacional destaca a importância cultural e histórica do Queijo Minas Artesanal, produzido há mais de três séculos em 106 municípios de Minas Gerais. Trata-se do primeiro alimento brasileiro a receber tal honraria, colocando o Brasil em evidência no cenário cultural global.
O Queijo Minas Artesanal é produzido a partir do leite cru, utilizando técnicas que foram transmitidas por gerações. Além de um símbolo cultural, é um motor econômico para milhares de pequenos produtores, especialmente em regiões como o Alto Paranaíba.
Em Rio Paranaíba, cidade referência na produção do Queijo Minas Artesanal do Cerrado, a tradição remonta ao período colonial. A geografia favorável, com pastagens naturais e clima propício, resulta em queijos de qualidade superior e sabor único.
Para valorizar ainda mais essa produção, o município inaugurou, em março deste ano, o Centro de Qualidade do Queijo Minas Artesanal, com capacidade para maturar 11 toneladas de queijo por mês. O espaço oferece suporte logístico, garantindo que os produtos locais alcancem novos mercados.
Desde 2008, o Queijo Minas Artesanal já era reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Agora, o título da Unesco amplia ainda mais a projeção desse patrimônio.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, celebrou o feito, destacando o papel do queijo na preservação da memória e da sabedoria popular. Leandro Grass, presidente do Iphan, reforçou que o reconhecimento valoriza os saberes e histórias das comunidades envolvidas.
O município de Rio Paranaíba e a região do Alto Paranaíba são conhecidos por fabricarem o tradicional queijo minas artesanal do Cerrado. E foi inaugurado na cidade, em março de 2014, o Centro de Qualidade do Queijo Minas Artesanal. O espaço tem capacidade para maturar 11 toneladas de queijo por mês.
Segundo Albany Árcega, coordenador técnico da Emater-MG, o novo Centro de Qualidade em Rio Paranaíba tem papel fundamental nesse processo. “Esse reconhecimento internacional traz não só mais visibilidade, mas fortalece toda a cadeia produtiva, desde o produtor até o consumidor final”, afirmou.
O título da Unesco celebra a história do Queijo Minas Artesanal e traz maior valorização no fortalecimento das comunidades produtoras e das práticas sustentáveis ligadas à agricultura familiar. O Alto Paranaíba, com sua rica tradição e novos investimentos, continuará sendo um dos pilares desse legado que, agora, é compartilhado com o mundo.