O motorista, de 66 anos, confessou ter sido contratado para o desvio do material e que receberia 10% da venda. O caso foi identificado através do rastreador do automóvel.

A PM foi informada que um caminhão, que transportava defensivos agrícolas, havia perdido o sinal de rastreamento no município de Chapadão do Sul (MS) e, depois, aparecido em Campo Florido.

Com a localização, os militares encontraram o automóvel e abordaram o motorista. Inicialmente, ele informou que o caminhão havia estragado e que entraria em contato com a empresa para relatar o atraso na entrega.

A PM solicitou que ele abrisse o baú do veículo e apresentasse nota fiscal da carga. Quando o compartimento foi aberto e os policiais viram que a carga estava revirada, o motorista tentou fugir.

Após ser contido, ele confessou que, há aproximadamente 4 meses, foi procurado por um homem, de 39 anos, que transferiu o caminhão e o semirreboque para o nome dele.

Ele ainda informou que, na data, o suspeito estava acompanhado da esposa, de 30 anos, a qual foi responsável por assinar o documento.

Com o acordo, ficou combinado que o motorista deveria continuar a realizar fretes intermediados pelo suspeito, até que pudesse transportar cargas de maior valor.

O motorista contou que pegou a carga em Hortolândia (SP) com destino a Cuiabá (MT). Porém, devido à indicação do homem, parou em Chapadão do Sul (MS).

Lá, o suspeito desligou o rastreador e revirou a carga para ver se ela servia para venda. Ficou combinado que o motorista ficaria com 10% do lucro.

Em seguida, o caminhoneiro seguiu com destino a Uberaba, onde contataria o homem novamente para combinar o local da descarga. Foi quando o caminhão apresentou problemas técnicos e ele precisou parar em Campo Florido.

Um funcionário da empresa de rastreamento compareceu ao local e confirmou que a carga havia sido revirada. Ele suspeitou que isso foi feito porque dentro dela haviam iscas rastreadores. O motorista foi detido.

A carga foi colocada em um depósito para a transportadora e o caminhão encaminhado para um pátio credenciado.

Nesta terça-feira (29), o g1 procurou a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) para saber se o caso será investigado e se o motorista teve a prisão confirmada, mas até a última atualização desta matéria, não obteve retorno.

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