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Minas Gerais exportou, em 2021, aproximadamente 27,5 milhões de sacas de café, movimentando US$ 4,4 bilhões. Principais destinos: EUA, Alemanha e Japão.
Seja nas cozinhas mais simples ou nos restaurantes mais sofisticados, a xícara tem o seu lugar de destaque. O café, que desperta os brasileiros, também movimenta a economia, com a geração de emprego e renda. Sua importância é tamanha que em 14 de abril é celebrado o Dia Mundial do Café.
Para se ter ideia desta relevância, neste ano a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê a colheita de 26,9 milhões de sacas. Deste total, 48,4% devem ter origem em Minas Gerais. No ano passado, o Valor Bruto da Produção (VBP) apontou que a cafeicultura mineira movimentou R$ 21,7 bilhões, ou seja, representou cerca de 18% do que girado pelo VBP de toda a agropecuária do Estado.
A analista de Agronegócios do Sistema Faemg Ana Carolina Gomes destaca que não é de hoje que o café tem grande importância econômica: “desde sua chegada no Brasil, o grão foi o maior gerador de riquezas e o produto mais importante da história nacional, responsável pelo desenvolvimento e modernização do país, pela construção de portos e estradas e a dinamização das cidades”.
Ela lembra que o Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café, responsável por cerca de 30% do mercado internacional. E os brasileiros estão em segundo lugar no ranking de consumidores do cafezinho, perdendo apenas para os EUA.
Além de o café contribuir para a formação de capital no setor agrícola, absorve uma grande parcela de mão de obra, gerando muitos empregos diretos e indiretos, exercendo também um importante papel social. Estima-se que cerca de 4 milhões de empregos são gerados em toda a cadeia produtiva mineira do grão.
O Brasil é o maior exportador mundial de café. E os principais países importadores do grão colhido aqui são Estados Unidos, Alemanha, Itália, Bélgica e Japão, entre outros com menor participação.
Destaca-se que 68% do café exportado para o mundo é das lavouras mineiras. “Para se ter uma ideia da representatividade, uma em cada cinco xícaras de café consumidas no mundo sai de Minas Gerais”, reforça Ana Carolina Gomes.
O grão é um dos principais geradores de renda no estado. É cultivado em mais de 600 dos 853 municípios mineiros, sendo a principal atividade econômica em 340 deles. Segundo o último censo agropecuário (2017), em Minas Gerais são mais de 123 mil estabelecimentos agropecuários que produzem café, o que gera oportunidade para mineiros, que dependem, direta ou indiretamente, da cafeicultura para o sustento. “Aí está uma importância que vai além da econômica, que é a social”, afirma Ana Carolina Gomes.
Alguns dados importantes do setor
• Em 2022, é prevista uma safra de 26,9 milhões de sacas de café colhidas no Brasil.
• Minas deve responder, em 2022, por 48,4% da produção nacional.
• Cerca de 4 milhões de empregos são gerados em toda a cadeia produtiva do grão.
• Valor Bruto da Produção (VBP) da cafeicultura mineira em 2021 foi de R$ 21,7 bilhões em MG, representando cerca de 18% do VBP da agropecuária neste ano
• Minas Gerais exportou, em 2021, aproximadamente 27,5 milhões de sacas, movimentando US$ 4,4 bilhões. Principais destinos: EUA, Alemanha e Japão.
• As remessas internacionais de café em 2021 representaram 42% das exportações totais do agronegócio mineiro.
• A eficiência e a organização do comércio permitem a exportação do café brasileiro a cerca de 130 países.
O Tempo