
MENU

Contar histórias, relembrar momentos e compartilhar memórias afetivas. É com essas propostas que o projeto “O que vivi com Chico”, em Uberaba, irá iniciar as homenagens aos 20 anos da morte de Chico Xavier e celebrar os 112 anos do nascimento do maior líder espírita do Brasil.
Desde sexta-feira (1º), a população pode ir no Shopping Uberaba, encontrar uma cabine e gravar em vídeos os momentos especiais que viveram com o médium. Depois os depoimentos serão divulgados em exposições no Memorial Chico Xavier, responsável pelo projeto.
“As histórias de vida de Chico já foram contadas em filmes, livros, peças de teatro… Mas, uma parte muito especial reside na memória das pessoas” explicou o diretor do Memorial e museólogo, Carlos Vitor Silveira de Souza.
Imagem meramente ilustrativa de como ficará um dos espaços do Memorial Chico Xavier — Foto: Reprodução/Site Chico Xavier
O projeto busca promover uma experiência itinerante. A cabine poderá circular para diversos locais de Uberaba e também para outras cidades. A Prefeitura informou que a ideia é expandir as ações do Memorial e levá-las ao público, neste período em que o espaço se encontra fechado à visitação.
Além disso, a iniciativa também faz parte das ações de divulgação do projeto de requalificação do Memorial, aprovado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) e que está em fase de captação de recursos.
O projeto é uma realização do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Prefeitura Municipal de Uberaba, por meio da Fundação Cultural de Uberaba, com concepção da Expomus e patrocínio de Alta Genetics, Usina Uberaba e Native. Mais informações estão disponíveis no site do Memorial.
Estátua de bronze de Chico Xavier em Uberaba, foto de arquivo — Foto: Marco Aurélio/Prefeitura de Uberaba
Nascido em 2 de abril de 1910, Chico completaria 112 anos em 2022. Ele nasceu em Pedro Leopoldo, mas morou em Uberaba de 1959 até a morte, em 30 de junho de 2002.
Ele é considerado um dos maiores médiuns da história, com intensa dedicação à psicografia. Lançou mais de 400 livros espíritas e cedeu os direitos autorais de todas as obras para instituições de caridade. Chico foi indicado ao prêmio Nobel da Paz na década de 1980 e foi eleito ‘O Maior Brasileiro de Todos os Tempos em 2012’.
Sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente.
— Chico Xavier
Quanto à morte, ele morreu como sempre desejou: em um dia que o Brasil estava em festa. Na data, a nação celebrava o pentacampeonato da Seleção Brasileira de Futebol na Copa do Mundo no Japão.
“Ele sempre dizia que ia desencarnar ou morrer no dia que o Brasil estivesse em festa e que eu não ia ter tempo para pensar na morte dele. E realmente foi assim”, disse Eurípedes Higino, filho de Chico Xavier, à TV Integração em 2017.
Em 2021, o nome de Chico Xavier foi incluído no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, que homenageia personagens considerados fundamentais para a construção da história brasileira.