
MENU

Servidores das forças de segurança de Minas Gerais realizaram na manhã desta sexta-feira (25) uma manifestação na Praça Tubal Vilela, em Uberlândia. Entre as demandas apresentadas da classe está o pedido por recomposição salarial de 41%.
Na ocasião, os profissionais da segurança pública, como policiais militares, civis, penais e bombeiros, se reuniram no local a partir das 9h30. Diversos manifestantes levaram cartazes com pedidos e recados ao governador Romeu Zema (Novo).
Em um dos cartazes estava “quem salva uma vida, salva o mundo inteiro”. Na divulgação da manifestação, os principais foram: recomposição das perdas inflacionárias e contra o Regime de Recuperação Fiscal (RRF).
Em meio à paralisação, o governador anunciou na quinta-feira (24) reajuste de 10,6% nos salários de todos os servidores, ativos e inativos.
Servidores das forças de segurança durante manifestação em Uberlândia — Foto: Taffareu Tarcísio/g1
A TV Integração procurou o Sindicato dos Policiais Penais de Minas Gerais (Sindppen-MG) e o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol) para comentarem sobre a manifestação, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.
Em nota enviada nesta sexta-feira, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública informou que o Governo de Minas realizou na quinta-feira (24) uma coletiva de imprensa para anunciar a recomposição salarial relativa às perdas inflacionárias para funcionalismo público. Confira abaixo o pronunciamento:
“O Governo de Minas realizou na quinta-feira (24/2) uma coletiva de imprensa para anunciar a recomposição salarial relativa às perdas inflacionárias para funcionalismo público.
Especificamente sobre o sistema prisional, o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), esclarece que acompanha a movimentação dos servidores e atuará para que não haja prejuízo no atendimento aos custodiados. O Depen-MG monitora o fluxo da adesão dos seus servidores ao movimento de paralisação proposto pela categoria. Não há previsão, até o momento, sobre quais unidades do estado não estarão aptas a receber visitantes, por questões de efetivo e segurança, neste fim de semana. Familiares serão informados pela própria unidade sobre a suspensão temporária das visitações, se houver”.
Também na quinta-feira, o governador Romeu Zema anunciou reajuste de 10,6% nos salários de todos os servidores estaduais, ativos e inativos. No anúncio, Zema disse que tem buscado equilíbrio para as contas do poder público estadual, que tem dívida de R$ 140 bilhões.
Ele também afirmou que a alta inflação reduziu o poder de compra de todos, inclusive, o de servidores que não tem reajuste salarial há anos.
“O cobertor das contas públicas é curto, portanto, o compromisso que faço hoje com os servidores de Minas Gerais são conquistas que neste momento estão no limite da possibilidade do Estado”, afirmou o governador.
Além da recomposição, Zema anunciou reajuste na ajuda de custo recebida por servidores civis que, hoje, recebem R$ 47 de auxílio alimentação por dia e vão passar a receber R$ 75. O governador afirmou que vai encaminhar o projeto para o reajuste, em regime de urgência, para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
De acordo com a secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, o impacto será de mais de R$ 4 bilhões. Para as forças de segurança, a gestora afirmou que também vai reajustar o abono fardamento.
Segundo ela, o pagamento do abono que hoje é pago em parcela única no mês de abril, vai ser ampliado para 3 parcelas.
“Para os servidores da segurança será feito a ampliação do abono fardamento ou auxílio vestimenta. Esse abono que hoje é pago em abril em parcela única correspondente a 40% do soldo do soldado, vai ser majorado para 3 parcelas em março, junho e outubro”, finalizou a secretária.