De acordo com familiares, o menino começou a passar mal no dia 19 de maio e foi até uma unidade de saúde, onde foi medicado e liberado. No dia seguinte, voltou a se sentir mal e foi levado novamente para o Hospital Santa Clara, onde foi internado e realizou exames, sendo detectada hepatite, porém, sem identificação do tipo.

A criança estava internada em estado grave no hospital. No entanto, foi transferida para o Hospital de Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-USP), em São Paulo, no início da tarde desta quinta.

Ainda segundo a família, a necessidade de transplante de fígado não está descartada. A equipe médica do hospital paulista já solicitou exames de compatibilidade aos familiares, que apontou que a mãe do menino é compatível. Ela deve viajar com ele já em jejum, caso a necessidade do procedimento seja confirmada.

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A TV Integração entrou em contato com a Unimed Uberlândia, responsável pelo plano de saúde da família.

Em nota, a empresa informou que manteve contato com a avó materna do menino durante todo o processo de autorização de sua transferência, a partir da solicitação do procedimento realizada na quarta-feira (25).

A Unimed comunicou, ainda, que a remoção do paciente para São Paulo foi programada e feita por transporte aéreo nesta quinta-feira.

Também à TV Integração, a Prefeitura de Uberlândia informou que foi notificada e vai acompanhar a investigação, que será feita pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs-Minas).

Já a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que 9 casos sugestivos de hepatite aguda de etiologia desconhecida foram notificados até a quarta-feira (25). Destes, 4 foram descartados, 3 classificados como suspeitos e 2 seguem em investigação.

Os casos descartados foram registrados em Montes Claros (2), Divinópolis (1) e Lagoa Santa (1). As notificações suspeitas foram registradas em Juiz de Fora (1) e Belo Horizonte (2).

Segundo a SES-MG, os casos dos municípios de Juiz de Fora, Belo Horizonte, Montes Claros estão em investigação e acompanhamento, aguardam a entrega de resultado de exames e foram notificados ao Ministério da Saúde.

De acordo com o ministério, até a segunda-feira (23), 64 casos suspeitos de hepatite fulminante de origem desconhecida em crianças eram investigados no Brasil. O caso da criança de Uberlândia não está entre eles.

Nenhuma das notificações foi confirmada e 12 estão descartadas. Quinze estados monitoram casos suspeitos.

Os primeiros registros de hepatite fulminante em crianças ocorreram em países da Europa. A suspeita é que ela tenha relação com o subtipo 41 do adenovírus. No entanto, a causa ainda não foi confirmada.

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