A pesquisa demonstra a eficácia no uso do rottlerin, molécula encontrada em uma planta conhecida por kamala vermelha, no tratamento da candidíase.

Noemi, de 17 anos, é estudante do terceiro ano do ensino médio na Escola Estadual Joaquim Saraiva, e desde o segundo, participa do projeto de incentivo à pesquisa, através de bolsa em parceria do Programa Institucional de Iniciação Científica do Ensino Médio (Pibic-EM), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da UFU.

A doença é uma infecção causada pelo fungo Candida, que se aloca na região genital feminina ou masculina, sendo mais comum em mulheres. Os sintomas são coceira intensa, vermelhidão e corrimentos. Estão entre as causas a queda na imunidade ou alterações hormonais, questões que facilitam o desenvolvimento dos fungos no corpo.

O tratamento para a doença normalmente inclui o uso de pomadas e remédios indicados pelos ginecologistas, eliminando os fungos. Em alguns casos, essas leveduras podem resistir aos antifúngicos e os sintomas podem persistir.

Segundo informações da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), a aluna, junto aos orientadores, testou inicialmente, a toxicidade do produto. A testagem foi feita em animal nematódeo, que apresenta de 60% e 80% de semelhança genética com humanos. O resultado confirmou que o produto não seria tóxico às pessoas.

Depois, o grupo constatou que o rottlerin tem atividade antifúngica, o que dificulta o desenvolvimento dos fungos e facilita o tratamento da doença.

A cerimônia que premiou a iniciação científica de Noemi aconteceu no dia 26 de junho e toda a equipe responsável pela pesquisa recebeu também o Prêmio de Protagonistas do Progresso Científico.

Segundo a UFU, o prêmio credencia o grupo para a participação na Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), a maior feira de ciências e tecnologia da América Latina.

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